Na próxima quinta-feira (28), durante a visita do presidente francês, Emmanuel Macron, o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pretende reviver uma resolução aprovada pelo Senado em 2019. Essa medida estabeleceu o Grupo Parlamentar Brasil-França, que, até o momento, não foi implementado.
O colegiado vai reunir senadores e deputados, com o intuito de incentivar e desenvolver as relações bilaterais entre os Poderes Legislativos dos dois países, “bem como contribuir para a análise, a compreensão, o encaminhamento e a solução de problemas”.
Na prática, os legisladores do Brasil e da França se dedicarão a questões que requerem legislação e são de interesse mútuo entre os dois países.
Um desses assuntos diz respeito aos desdobramentos de um memorando de entendimento relacionado à exploração de urânio, que será firmado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a visita de Macron ao Palácio do Planalto.
Diferentes partes do acordo indicam que as nações intensificarão sua cooperação em energia nuclear e facilitarão a troca de informações para a exploração de minerais críticos.
Além disso, haverá investimentos franceses na transformação de minerais em território brasileiro, bem como em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica.
Comércio
Outro tema a ser discutido pelo grupo envolve a elaboração de leis para impulsionar o comércio bilateral entre Brasil e França, que totalizou 8,4 bilhões de dólares em 2023.
As exportações atingiram 2,9 bilhões de dólares, principalmente de farelo e óleo de soja. As importações alcançaram 5,5 bilhões de dólares, impulsionadas pelo fornecimento de máquinas e motores não elétricos.
Atualmente, há 869 empresas francesas operando no Brasil, tornando a França o maior empregador estrangeiro no país, com cerca de 500 mil empregos gerados.
Com informações de CNN