Na manhã desta terça-feira (12/3), a Polícia Federal deflagrou a Operação Latus Actio, resultando no bloqueio das contas bancárias dos principais investigados, empresários dos setores de entretenimento e de autopeças, até o montante aproximado de R$ 1 bilhão. A Justiça determinou, ainda, o sequestro de bens imóveis e veículos, estimados em mais de R$ 60 milhões, devido às suspeitas de lavagem de dinheiro por parte do grupo.
Nos locais de residência dos investigados, foram encontrados diversos veículos de luxo, como Porsche, Mercedes e Audi, além de jet ski e quadriciclo. A apreensão também incluiu uma quantia significativa de dinheiro em espécie e relógios importados.
No total, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão nas cidades paulistas de São Paulo, Guarujá, Itu e Indaiatuba, com a participação de policiais federais e auditores fiscais de ambos os órgãos da Receita.
Um inquérito policial iniciado no primeiro semestre de 2022 investiga transações financeiras suspeitas relacionadas a contas bancárias utilizadas para movimentar e ocultar recursos de origem ilícita, não declarados à Receita.
As movimentações identificadas pelos investigadores abrangem modalidades de crédito e débito, envolvendo “laranjas” e empresas fictícias ou de fachada, algumas vinculadas a indivíduos com extensa ficha policial, incluindo registros por tráfico de drogas, crimes contra o patrimônio e participação em organizações criminosas.
Um dos empresários sob investigação foi autuado pela Receita Federal do Brasil em 2023, com valores que ultrapassam R$ 43 milhões.
Com base nas evidências coletadas na investigação policial, a Receita Federal do Brasil planeja iniciar novas ações fiscais, desta vez direcionadas a pessoas jurídicas, incluindo uma beneficiária do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos.
Por outro lado, a Fazenda Municipal de São Paulo realizará 21 operações fiscais contra empresas investigadas no inquérito policial, devido a provas que indicam, também, a prática de sonegação do Imposto sobre Serviços (ISS).
Com informações de Metrópoles/Na Mira