Um juiz federal dos Estados Unidos negou o processo movido pela plataforma X, pertencente a Elon Musk, contra o Centro de Combate ao Ódio Digital (CCDH).
O juiz Charles Breyer criticou a ação sugerindo que ela tinha outras intenções que não buscar proteção legal: “às vezes, não está claro o que motiva um litígio. Outras vezes, uma reclamação é tão descarada e vociferante sobre uma coisa que não pode haver engano sobre esse propósito”, destacou Breyer, dando a entender que o objetivo da ação era punir o CCDH por exercer sua liberdade de expressão.
A empresa X afirmou que o CCDH infringiu seus termos de serviço ao divulgar pesquisas sobre o crescimento do discurso de ódio online, responsabilizando-os pela perda de anunciantes. No entanto, o juiz interpretou isso como uma tentativa de intimidar o grupo por sua vigilância, manifestando preocupação com a potencial litigância desonesta por parte da X.
“Este tribunal está preocupado que o desejo da X Corp. de emendar sua alegação de quebra de contrato tenha um motivo protelatório — forçando o CCDH a gastar mais tempo e dinheiro se defendendo antes que possa esperar se livrar desta litigância potencialmente ruinosa”, disse o juiz na sentença.
Essa decisão serve como um alerta para as plataformas digitais, destacando a importância da liberdade de expressão online e a necessidade de evitar o uso de processos legais para reprimir críticas e pesquisas independentes sobre suas práticas.
A empresa X anunciou sua intenção de recorrer da decisão.
Nos Estados Unidos, a Suprema Corte está examinando um caso crucial relacionado à desinformação sobre saúde nas redes sociais, especialmente aquela relacionada às vacinas contra a Covid-19 e à pandemia, e como o governo Biden interage com as plataformas de mídia social nesse contexto.
Especialistas em saúde pública estão preocupados com o aumento de conteúdos online sobre saúde que carecem de respaldo científico, minando a confiança nas vacinas e nas autoridades de saúde. A disseminação da desinformação é agravada pela inteligência artificial, tornando ainda mais difícil distinguir o que é verdadeiro do que é falso na internet.
A desinformação em saúde muitas vezes se vale de “falsos especialistas”, linguagem polarizadora e apelos às emoções negativas para suscitar reações intensas, como medo e indignação, tornando o combate a essas informações falsas um desafio ainda maior.
Para lidar com esse problema, os especialistas recomendam verificar a fonte original das informações e buscar várias fontes confiáveis antes de aceitar afirmações radicais ou improváveis como verdadeiras.
Com informações de O Antagonista