A nova presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputada Caroline de Toni (PL-SC), é autora de um projeto que acaba com a cota feminina nas eleições. Em entrevista à Coluna do Estadão, ela defendeu a pauta, que aguarda análise no colegiado, e avaliou que não há uma rivalidade entre homens e mulheres.
“Entrei na política não porque fui convidada para preencher uma cota, mas porque tinha um propósito. Acho que essas iniciativas devem ser espontâneas, não forçadas. Protocolei a proposta para dizer que mulher não precisa de cota para participar da política, não há uma rivalidade entre homens e mulheres”, afirmou.
A parlamentar integra a bancada conservadora e disse que só vai pautar matérias de costumes se houver garantia de vitória. Prometeu estabelecer o diálogo em sua gestão, como fez seu antecessor, o petista Rui Falcão. “O Rui pautou assim a comissão, deferiu audiências públicas que a direita pediu, fez vários gestos. É uma boa maneira de os trabalhos ocorrerem sem obstrução”, contou.
De Toni também defendeu o projeto de anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro e considerou haver outros temas polêmicos pela frente, como o proposta que estabelece mandato para ministros do Supremo Tribunal Federal e falou sobre a relevância das CCJ.
Com informações de Estadão