Foto: Reprodução/O Globo.
O estado de São Paulo enfrenta uma nova onda de Covid, com um aumento de 85% no número de casos na última semana em comparação com a anterior, conforme dados da plataforma Info Tracker, que monitora a evolução da doença no país. O número de pessoas infectadas pelo coronavírus saltou de 7 mil para 13 mil em apenas 15 dias. As mortes pela doença também tiveram um aumento crítico de 54%, passando de 57 vítimas para 88 no mesmo período.
Wallace Casaca, coordenador da plataforma SP Covid-19 Info Tracker e pesquisador da Unesp e da USP, afirma que esses dados consolidam o surgimento de uma nova onda de Covid no estado de São Paulo. Ele alerta para a preocupação decorrente da disseminação descontrolada da Covid, que se soma à explosão de casos de dengue, colocando uma pressão significativa sobre o sistema de saúde e os postos de atendimento.
A rápida disseminação de novas subvariantes Ômicron, como a JN.1, e eventos que geraram deslocamentos em massa, como o carnaval e a manifestação bolsonarista na Avenida Paulista, são apontados por Casaca como impulsionadores dessa nova onda.
Os dados da última semana epidemiológica representam os mais altos do ano. Comparando a primeira semana do ano com a atual, observa-se um aumento de casos de Covid na ordem de 377%. Além disso, a quantidade de mortes também atingiu seu ponto mais elevado nesta semana.
Diante dessa situação crítica, o uso de máscaras voltou a ser observado em locais de grande circulação, como ônibus e estações de trem e metrô.
O especialista ressalta a importância da retomada de medidas conhecidas, como o uso de máscaras e a vacinação para grupos de risco. Segundo o vacinômetro do governo estadual, 89,87% da população do estado está com o esquema vacinal completo, enquanto a cobertura vacinal é menor entre as crianças, com apenas 50,33% com esquema vacinal completo na faixa etária de seis meses a 11 anos.
A nova onda também está presente em outras partes do país e do hemisfério norte, como a cidade de Nova York, nos Estados Unidos, onde já se observa um declínio da doença.
A variante JN.1 foi responsável por 60% dos casos de Covid no Brasil em janeiro de 2024, de acordo com a Rede Genômica Fiocruz. Essa variante é descendente da variante Pirola (BA.2.86), e não há indícios de que ela altere os sintomas.
A secretaria estadual da Saúde reforça a importância da vacinação contra a Covid, em especial as doses de reforço, e das medidas de prevenção conhecidas pela população, como a higienização das mãos e a etiqueta respiratória.
Com informações de O Globo.