Foto: Divulgação/Polícia Civil
Dupla que teria movimentado R$ 10 milhões em 5 anos foi presa durante operação policial na Rua Guaianases, local do Centro de SP conhecido como reduto de produtos roubados.
Polícia de SP prende os 2 maiores exportadores de celulares roubados
Dois homens apontados pela Polícia Civil de São Paulo como os maiores exportadores de celulares roubados e furtados foram presos nesta quarta-feira (6), durante uma operação na Rua Guaianases, conhecida como “ninho dos telefones” roubados.
“Eles são considerados os maiores exportadores de aparelhos celulares. Alcançamos o topo da cadeia ilícita com criminosos que compravam celulares roubados e exportavam para outros países”, disse o Secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.
No local, na região Central da capital paulista e perto da Cracolândia, os policiais apreenderam centenas de aparelhos. De acordo com as investigações, a dupla teria movimentado mais de R$ 10 milhões em cinco anos.
Segundo a polícia, eles faziam parte de uma organização criminosa de senegaleses, apesar de serem brasileiros.
A Secretaria da Segurança de São Paulo não esclareceu como funcionava esquema de exportação e não divulgou o nome dos dois presos.
Desde maio do ano passado, a polícia realiza investigações para combater roubos e furtos de celulares e identificar os assaltantes que agem, principalmente, no Centro de SP.
De acordo com a polícia, a investigação identificou a existência de um esquema criminoso, articulado por estrangeiros, que adquiriam aparelhos celulares ilícitos e vendiam para diversos estados.
Os policiais civis conseguiram estabelecer o vínculo entre os investigados por meio de depósitos bancários na conta dos envolvidos.
Conforme revelado pelo g1, o combate ao “ninho de celulares roubados” nas redondezas da Rua Guaianases, na região da Cracolândia, é considerado um desafio para o estado.
O local, que fica no Centro de São Paulo, é formado por um labirinto de hotéis, apartamentos e lojas, num emaranhado que dificulta ainda mais o trabalho da polícia.
A fama da rua de “ninho de celulares” viralizou após o médico Henrique Lopes Pinho postar uma localização com diversos alertas de aparelhos roubados ou furtados em São Paulo.
Depois de fazer o rastreio do aparelho de um amigo, ele percebeu que a geolocalização possuía comentários de centenas de outras vítimas de roubos e furtos cujos celulares foram parar no mesmo imóvel, na mesma Rua Guaianases.
Ao menos desde 2017 são feitas operações na região para tentar desarticular o comércio ilegal de celulares em festas de rua, vendidos na mão de pedestres e em “feiras do rolo” ou repassados para líderes de grupos.
No final de 2023, a policia civil apreendeu mais de 853 celulares, além de duas máquinas que desmontam os aparelhos e facilitam o desbloqueio, durante uma operação contra um grupo suspeito de receptar celulares roubados.
Na ação, os investigadores descobriram que o esquema era operado por africanos que enviam os equipamentos para outros países.