Foto: Reprodução/EFE/ Miguel Gutiérrez.
Neste sábado, 16, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi oficialmente confirmado como candidato à Presidência nas eleições marcadas para 28 de julho. O líder irá buscar seu terceiro mandato pelo Partido Socialista Unidos da Venezuela (PSUV), após concorrer sem oponentes nas prévias partidárias.
Atualmente, Maduro não enfrenta uma competição real no pleito. Sua principal adversária, María Corina Machado, venceu uma eleição primária da coalizão de oposição Plataforma Unitária com mais de 90% dos votos, mas foi impedida pela Justiça venezuelana de ocupar cargos públicos por quinze anos, sob a acusação de ocultação de bens.
Durante a reunião do partido que ratificou sua candidatura como representante do PSUV, realizada em Caracas, Maduro destacou que conta com o “apoio do povo”. “Um homem sozinho não estaria aqui. Estou aqui pelo povo (…) Há apenas um resultado, a vitória do povo em 28 de julho”, declarou ele a correligionários e simpatizantes.
Segundo Diosdado Cabello, vice-presidente do PSUV, 4,2 milhões de pessoas endossaram a escolha do nome de Maduro pelo partido, após assembleias de votação realizadas em diferentes estados nas últimas semanas.
Enquanto isso, María Corina Machado e a coalizão de oposição estão correndo contra o tempo para garantir presença nas cédulas eleitorais de 28 de julho, uma vez que o prazo para o registro de candidaturas encerra em 25 de março. Outros líderes da oposição, como Henrique Capriles, duas vezes candidato presidencial e uma das figuras principais do movimento contrário ao governo Maduro, também foram desqualificados para a disputa. Capriles integra o grupo de opositores que defendem que Machado desista da candidatura para que os eleitores se unam em torno de uma alternativa.
“Se eu realmente for impedida de concorrer, ficará claro que estas eleições não serão livres. O Parlamento europeu, em conjunto com outros observadores internacionais, destacou isso”, afirmou Machado à VEJA.
O processo de habilitação de candidatos foi mediado pela Noruega. Representantes do governo e da oposição assinaram um acordo em Barbados, em outubro do ano passado, estabelecendo regras para as eleições, incluindo a presença de observadores internacionais.
Com informações da VEJA.