A China, país de grandiosidade e inovação, é lar da imponente Usina de Três Gargantas, localizada às margens do majestoso Rio Yang-Tsé, representando uma conquista notável na arquitetura e na engenharia. Além de ser a maior hidrelétrica do mundo, desempenha papéis cruciais no controle de enchentes e na facilitação do transporte hidroviário. Ademais, a quantidade de água retida reduz a velocidade de rotação da Terra em 0,06 microssegundos! A usina se tornou o pilar da energia renovável e do desenvolvimento chinês.
A história da Usina de Três Gargantas remonta a 1919, quando Sun Yat-sen, um visionário chinês, concebeu a ideia. Embora os planos tenham sido esboçados pelo governo nacionalista sob Chiang Kai-shek em 1932, os tumultos da Segunda Guerra Mundial e da Guerra Civil Chinesa atrasaram o projeto. Somente em 1992, durante o governo de Mao Tsé-Tung, as escavações começaram. No entanto, esses esforços foram interrompidos em 1947. Em 1996, finalmente, o projeto tomou forma sob a liderança de Wu Chuanlin, iniciando um processo complexo que moldaria o futuro da China.
Com 19 anos de árduo trabalho, a conclusão da Usina de Três Gargantas em 2012 deixou uma marca inesquecível. Custando US$28 bilhões, envolvendo 40.000 trabalhadores, e utilizando 16 milhões de metros cúbicos de concreto e aço, essa megaestrutura desafia as expectativas. Seu reservatório de 600 km, com 2,2 km de comprimento e uma altura de 185 metros acima do nível do mar, posiciona-se como a estrutura de concreto mais massiva da Terra, superando até mesmo a grandiosidade da torre Eiffel.
A Usina de Três Gargantas não é apenas uma façanha de engenharia; é a força motriz por trás da mudança na matriz energética chinesa. Seus 34 geradores, cada um pesando 6.000 toneladas, geram uma capacidade impressionante de 22.500 MW. Isso não apenas atende às necessidades de 60 milhões de chineses, mas também substitui a queima de 30 milhões de toneladas de carvão anualmente, destacando-se como um farol de sustentabilidade em um mundo ávido por soluções renováveis.
Enquanto a Usina de Três Gargantas recebe elogios pela sua grandiosidade, não escapa das críticas de movimentos ambientalistas. Alegações de aumento da atividade sísmica, riscos estruturais e impactos na vida aquática são temas controversos. No entanto, a equipe de engenharia responde com medidas preventivas. Supervisão intensiva, auditorias e a presença constante de 293 supervisores no canteiro de obras garantem não apenas a segurança, mas também a sustentabilidade ambiental do projeto.
A construção da Usina de Três Gargantas transcendeu o domínio da engenharia; tornou-se um símbolo de perseverança e orgulho chinês. Trabalhadores, muitos dos quais se realocaram e alguns até sacrificaram suas vidas, contribuíram para a grandiosidade desta obra.
O diretor do projeto, Cao Guangjing, destaca a complexidade do controle de qualidade e a presença constante de supervisores como testemunho do comprometimento com a excelência. A China não apenas construiu uma usina; ergueu um ícone que ressoa em sua história, presente e futuro.
Com informações de Click Petróleo e Gás