A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) teve seu processo por danos morais contra a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, negado pela Justiça. A ação foi movida em decorrência de um comentário feito por Gleisi em 2023, no qual associava Zanatta ao nazismo.
O episódio ocorreu em março do ano passado, após uma publicação de Zanatta na qual ela aparece armada com um fuzil e vestindo uma camiseta com o desenho de uma mão alvejada por tiros, além de imagens de armas e os dizeres “come and take it” (“venha pegar”), em alusão à política desarmamentista do governo petista.
Em resposta à postagem, Gleisi Hoffmann afirmou que a imagem revelava um “comportamento nazista da deputada de SC, de apologia à violência contra Lula”, acrescentando que a sociedade brasileira não deveria baixar a guarda “com quem insiste em incitar a violência e semear o ódio”.
Zanatta contestou as afirmações de Gleisi, acusando-a de censura e quebra de decoro, e sugeriu a possibilidade de encaminhar o caso para o Conselho de Ética.
No processo, Zanatta pleiteava uma indenização de R$ 50 mil, porém, o juiz Marcelo Carlin, da 2ª Vara Cível de Curitiba, indeferiu o pedido. O magistrado considerou que a crítica feita por Gleisi não extrapolou os limites da liberdade de expressão.
“Não foram divulgadas fake news, mas sim, realizadas severas críticas políticas destinadas à autora, sem se utilizar de orientações/interesses/atributos da vida privada dessa”, afirmou o juiz em sua justificativa.
Com informações do Pleno.News.