Em reunião do Conselho Curador do FGTS prevista para o dia 19 de março, o governo pretende liberar a utilização do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) Futuro para a aquisição da casa própria. A Caixa Econômica Federal prevê que com a decisão, a nova modalidade poderá operar em poucos dias, permitindo que o trabalhador use até 10 anos de depósitos futuros para melhorar as condições de financiamento.
Como funciona o FGTS Futuro?
O FGTS Futuro consiste no uso dos depósitos futuros feitos pelo empregador no fundo do trabalhador para compor uma renda auxiliar no pagamento das parcelas do financiamento feito dentro do programa Minha Casa, Minha Vida.
Inicialmente, a modalidade passará por uma fase de teste voltada às famílias pertencentes à faixa 1 do programa habitacional, ou seja, com renda mensal de até R$ 2.640. A longo prazo, há planos de estender os benefícios para todos os grupos com renda familiar máxima de R$ 8.000.
Soluções e expectativas
A expectativa do governo é que cerca de 60 mil famílias com renda de até dois salários mínimos sejam beneficiadas anualmente pela medida. No entanto, atualmente muitas dessas famílias não conseguem atingir o comprometimento de renda mínimo de 30% para os financiamentos.
Diante desse cenário, o FGTS Futuro surge como uma solução. Isso porque os empregadores recolhem para o fundo um valor equivalente a 8% da remuneração bruta do funcionário, recurso que poderia ser usado para auxiliar no pagamento das prestações habitacionais.
Perspectivas para o futuro
Para Inês Magalhães, vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, o FGTS Futuro pode ser a chave para aumentar o valor do financiamento acessível ao cidadão. “Isso vai ajudar, principalmente, as pessoas de menor renda. Pode ser uma linha divisória entre acessar ou não, ou acessar em melhores condições, ou não esse financiamento”, afirmou.
Se aprovada e implementada, a medida permitirá o uso de recursos do FGTS para pagar as prestações de imóveis pelo programa Minha Casa Minha Vida, auxiliando famílias com renda mensal de até R$ 2.640 e beneficiando até 60 mil famílias por ano.