Foto: Divulgação/FAB/VC-99.
A Força Aérea Brasileira (FAB) vai gastar R$ 293,7 milhões na manutenção de uma frota de aeronaves com mais de 20 anos de uso. A despesa se refere ao suporte logístico de modelos da família EMB 130/145, entre eles o E-99, o R-99, o C-99 e o VC-99.
O contrato terá vigência de três anos e pode ser prorrogado por até 10 anos. De acordo com sites especializados, o custo de um EMB 145 atualmente gira entre US$ 18 milhões e US$ 20 milhões, cerca de R$ 100 milhões.
Algumas das aeronaves atendidas pela licitação são dedicadas a missões de transporte logístico e de passageiros, como o EMB 135 (VC-99), jato executivo com capacidade para 37 pessoas, fabricado pela Embraer e usado no deslocamento de comitivas do Executivo ou Legislativo em viagens oficiais. Outras, como o R-99, são usadas em missões de reconhecimento e inteligência.
A FAB passou a usar os EMB 135 e EMB 145 em 2002. Alguns deles foram comprados em 2004 da extinta companhia aérea Rio Sul e adaptadas para uso militar. De acordo com o edital de licitação para contratação de suporte logístico, a FAB dispõe atualmente de quatro EMB 145, em atuação no 1º Esquadrão do 2º Grupo de Transporte (1º/2º GT).
“O 1º/2º GT atua na realização de missões de transporte aéreo logístico, em atendimento às demandas da FAB e da sociedade brasileira, bem como em apoio ao transporte de autoridades governamentais, operando, inicialmente com os modelos EMB145ER e que posteriormente, foram convertidos em EMB-145EP (militarmente conhecido como C-99A). Atualmente, tal unidade emprega 4 (quatro) aeronaves de modelo EMB-145EP, denominadas C-99A, e ainda, em virtude de necessidades logísticas, mantém estocada na localidade de Anápolis-GO, 2 (duas) aeronaves do mesmo tipo”, explica o edital.
Avião interceptado
Entre as missões recentes do modelo, a FAB relaciona o transporte de órgãos vitais para transplante e o deslocamento de pacientes de Covid-19 durante a pandemia do coronavírus. Em janeiro, os E-99 e R-99 atuaram na interceptação de uma aeronave que voava sem autorização sobre o estado de Roraima.
No Grupamento de Transporte Especial (GTE), em Brasília, a FAB mantém, desde 2008, mais 20 aeronaves VC-99A, VC-99B, VC-99C, todos variantes da família EMB 135/145. Segundo o edital, hoje, há 23 aeronaves desses modelos em funcionamento.
“O GTE tem como função realizar missões de cunho governamental, em apoio às diversas autoridades políticas de interesse nacional, em todo território brasileiro e estrangeiro, além de servir de apoio à sociedade brasileira em missões humanitárias, como as realizadas, em 2020, no transporte de brasileiros da China ao Brasil, no início da pandemia de Covid-19”, cita o edital.
O primeiro contrato para manutenção dessas aeronaves foi firmado com a Embraer em 2012, com vigência de cinco anos. Em 2018, uma nova licitação, com vigência de dois anos, teve como vencedora a Embraer. O acordo vem sendo prolongado por meio de termos aditivos desde 2020 e deve ser encerrado em junho deste ano.
A licitação aberta na segunda-feira (18/3) foi dividida em 14 itens, incluindo o reparo de componentes, fornecimento de materiais consumíveis, fornecimento de publicações especializadas, estocagem, remoção e instalação de motores, manutenções programadas e sob demanda, reforma de interiores e atualização de sistemas.
Créditos: Metrópoles.