Segundo informações do Catraca Livre, um estudo recente identificou um indicador comum em jovens adultos que estão mais propensos a sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). Os pesquisadores descobriram uma associação significativa entre enxaquecas e a ocorrência de AVC em indivíduos com menos de 45 anos.
Os resultados, publicados na revista Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes, também apontaram uma ligação entre AVC e distúrbios de coagulação sanguínea, insuficiência renal e doenças autoimunes. Essas descobertas são relevantes, pois a maioria das pesquisas tem se concentrado em fatores de risco tradicionais para AVC, como pressão alta, colesterol alto, diabetes tipo 2, tabagismo, obesidade, sedentarismo, abuso de álcool e doença coronariana.
Ao analisar dados de mais de 2.600 pessoas que sofreram AVC e mais de 7.800 que não sofreram, a equipe descobriu que, entre os adultos com menos de 35 anos, a enxaqueca era o fator de risco não tradicional mais relevante para AVC, contribuindo para 20% dos casos em homens e quase 35% em mulheres.
A enxaqueca é um distúrbio neurológico frequentemente marcado por uma dor de cabeça intensa, desencadeada por uma combinação de fatores genéticos, neuroquímicos e ambientais. Estresse, flutuações hormonais e hábitos de vida, como falta de sono e dieta irregular, também podem contribuir para o problema.
Existem diferentes tipos de enxaqueca, incluindo a enxaqueca com aura, caracterizada por sintomas neurológicos específicos que ocorrem antes da dor de cabeça; a enxaqueca sem aura, a forma mais comum que não é acompanhada por sintomas de aura; e a enxaqueca crônica, onde uma pessoa experimenta dores de cabeça por pelo menos 15 dias por mês, durante pelo menos três meses consecutivos.