Na noite de sexta-feira, 22, um show de rock na Crocus City Hall, em Krasnogorsk, região de Moscou, se transformou em uma tragédia quando indivíduos armados invadiram o local, desencadeando um dos ataques mais mortais já registrados na Rússia desde meados dos anos 2000. O ataque, que foi condenado internacionalmente, resultou em centenas de vítimas.
Vídeos chocantes divulgados em canais do Telegram mostraram momentos de horror, com os agressores armados avançando em direção ao público e cenas de pânico com pessoas correndo em busca de segurança.
Segundo informações atualizadas do Comitê de Investigação Russo, pelo menos 133 pessoas perderam suas vidas e outras 107 ficaram feridas. Destas, 44 estão em estado grave, enquanto 16, incluindo uma criança, estão em estado crítico.
As autoridades afirmaram que o ataque envolveu o uso de armas automáticas e a incineração do prédio com um líquido inflamável. O presidente Vladimir Putin classificou o incidente como um “ato terrorista selvagem” e anunciou um dia de luto nacional para domingo, 24.
Até o momento, 11 pessoas foram detidas pelas autoridades russas, incluindo os quatro terroristas diretamente envolvidos no ataque. Os agressores foram capturados na região de Bryansk, na fronteira com a Ucrânia e Belarus.
Apesar de algumas especulações iniciais, não há evidências de que a Ucrânia tenha qualquer ligação com o ataque. As autoridades russas afirmaram que os suspeitos presos tinham planos de fugir para a Ucrânia após o atentado, mas não forneceram provas concretas dessa alegação.
O ataque aconteceu após alertas prévios da Embaixada dos Estados Unidos em Moscou sobre possíveis planos de extremistas para atacar grandes eventos na capital russa. O governo dos EUA compartilhou essas informações com as autoridades russas, mas Putin denunciou as advertências ocidentais como tentativas de intimidar o povo russo.
Diante da magnitude da tragédia, a comunidade internacional expressou solidariedade com a Rússia e condenou veementemente o ataque terrorista. As investigações continuam em andamento para determinar todas as circunstâncias do incidente e responsabilizar os culpados.
Com informações do Estadão.