A família de Marielle Franco mostrou resistência à federalização da investigação sobre o assassinato da vereadora durante o governo de Jair Bolsonaro. Os suspeitos de serem os mandantes do crime foram presos no domingo (24), após a investigação conduzida pela Polícia Federal no início do governo Lula, incluindo Rivaldo Barbosa, que era delegado da Polícia Civil do Rio à época.
Em 2019, a família de Marielle emitiu uma nota exigindo que o caso fosse investigado pelas autoridades do Rio de Janeiro, argumentando que o Ministério Público estadual havia obtido avanços importantes e que eram favoráveis à continuidade da investigação sob sua responsabilidade. A viúva de Marielle, Mônica Benício, expressou preocupação de que a federalização poderia causar atrasos nas investigações, enquanto a mãe de Marielle, Marinete da Silva, continuou a se opor à federalização mesmo após o início do governo Lula. A prisão dos suspeitos ocorreu após a entrada oficial da Polícia Federal no caso em fevereiro de 2023, quase cinco anos após o crime, por ordem do então ministro Flávio Dino.
Domingos Brazão, conselheiro do TCE-RJ, e seu irmão, o deputado Chiquinho Brazão, foram apontados como os mandantes do crime, juntamente com Rivaldo Barbosa, que também foi detido sob suspeita de obstruir as investigações. Marinete da Silva mencionou em uma entrevista recente que Rivaldo havia prometido elucidar o crime e que sua filha confiava nele.