“Se ele fizer isso, ele morre. Eu começo por um neto, depois um filho, faço ele sofrer muito, e por último ele morre”, disse Domingos Brazão , em 2017, sobre suposto acordo de delação premiada entre o Ministério Público Federal (MPF), a PF e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE/RJ) José Maurício Nolasco. As informações são dos jornais Globo e Extra.
Naquele mesmo ano das ameaças ao conselheiro do TCE/RJ, o Ministério Público Federal (MPF) e a PF realizaram a Operação Quinto do Ouro, que investigava um esquema de corrupção na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro e no Tribunal de Contas.
Durante essa operação, foram detidos temporariamente Aloysio Neves, então presidente do TCE; Domingos Brazão, também conselheiro do TCE/RJ; José Gomes Graciosa; Marco Antônio Alencar; e José Maurício Nolasco.
Conforme as investigações, os membros do órgão estavam envolvidos em um esquema no qual recebiam 15% dos valores de faturas vencidas de fornecedores de alimentação para presos e adolescentes submetidos a medidas de internação, além de favorecerem empresas de transporte em inspeções realizadas pelo Tribunal de Contas. Os recursos eram liberados pelo Fundo de Modernização do Tribunal.
Em seu depoimento como delator, José Lopes de Carvalho Júnior, outro conselheiro do TCE/RJ, revelou que, durante um almoço anterior à prisão temporária do grupo, discutiu-se a possibilidade de José Maurício Nolasco firmar um acordo de delação premiada.
Foi nesse contexto que Brazão teria feito a ameaça pública de morte a Nolasco, como destacado no relatório final da Polícia Federal (PF) sobre a investigação dos supostos mandantes do assassinato da vereadora Marille Franco e do motorista Anderson Gomes.
Com informações de Metrópoles