Apesar de ter sido concedida ontem pela Justiça espanhola, a liberdade provisória solicitada por Daniel Alves, brasileiro detido, ainda não se concretizou. Ele permanece sob custódia no Centro Penitenciário Brians 2 devido à ultrapassagem do prazo para o depósito da fiança. Mesmo que os fundos sejam reunidos hoje, sua liberação só ocorrerá amanhã.
A notícia foi reportada pelos jornais La Vanguardia e Mundo Deportivo. Até o momento, a equipe do ex-jogador não conseguiu angariar o montante exigido pelo Tribunal Provincial de Barcelona para conceder a liberdade provisória.
Daniel Alves tinha até as 14h da Espanha (10h de Brasília) para efetuar o pagamento da fiança estipulada em 1 milhão de euros (aproximadamente R$ 5,4 milhões na cotação atual) pela Justiça espanhola. Como isso não ocorreu, ele passará mais uma noite sob detenção.
Prevê-se que Daniel Alves obtenha os fundos necessários até amanhã e deixe o Centro Penitenciário Brians 2, onde está detido há 14 meses. Sua advogada, Inés Guardiola, já recolheu os passaportes do ex-jogador para entregá-los às autoridades, com o intuito de evitar uma possível fuga para o Brasil.
Conforme relatado pelo portal espanhol La Vanguardia, Daniel Alves buscou auxílio financeiro junto ao pai de Neymar, jogador do Al-Hilal, da Arábia Saudita, para pagar sua fiança. Esta é a segunda vez durante o julgamento em que o ex-lateral brasileiro recorre à família do camisa 10 da seleção.
O GLOBO procurou a assessoria de Neymar, que não quis comentar sobre o caso: “No momento não temos comentários a fazer sobre o assunto”.
É importante destacar que o pai de Neymar contribuiu com 150 mil euros (equivalente a cerca de R$ 800 mil na taxa atual) para quitar uma multa, a fim de mitigar a sentença de Daniel Alves, que foi condenado recentemente a quatro anos e meio de prisão.
Apesar de possuir um patrimônio 60 vezes superior ao valor da fiança, Daniel Alves teve todos os seus ativos confiscados devido a um processo movido por sua ex-esposa, Dinorah Santana, conforme relatado pelo La Vanguardia. Nessa conjuntura, o pai de Neymar ofereceu-se para auxiliar Alves nos custos legais enquanto seus bens estivessem bloqueados.
Uma nova determinação judicial estipulou que o brasileiro não pode se aproximar a menos de mil metros da mulher que o denunciou, seja de sua residência, local de trabalho ou qualquer outro lugar que ela frequente. Além disso, Daniel Alves está proibido de se comunicar com a vítima por qualquer meio ou método.
O atleta solicitou novamente liberdade condicional ao Tribunal de Justiça da Espanha nesta semana. Durante uma audiência realizada por videoconferência e a portas fechadas na terça-feira, ele assegurou ao juiz que não pretende fugir, caso seu pedido seja deferido.
— Não vou fugir. Confio na Justiça e estarei sempre à sua disposição — disse Daniel Alves, segundo a imprensa espanhola.
Daniel Alves foi condenado a 4 anos e meio de prisão por estuprar uma mulher de 23 anos no banheiro de uma boate espanhola, em dezembro de 2022.
Com informações de O Globo