Uma manifestação a favor da Operação Verão na Baixada Santista, litoral de São Paulo, reuniu moradores, representantes de associações, policiais militares e deputados estaduais, conhecidos como a ‘Bancada da Bala’. O evento ocorreu na Praça das Bandeiras, na orla da praia do Gonzaga, em Santos, e teve como objetivo expressar apoio às operações policiais na região.
O ato, realizado no sábado (9), contou com a presença de autoridades e integrantes de movimentos favoráveis à atuação policial, que discursaram sobre a importância das operações no combate ao crime. Além disso, a manifestação serviu como uma homenagem aos policiais militares do Estado.
Além de deputados estaduais, como os representantes da região Tenente Coimbra (PL) e Paulo Mansur (PL), a manifestação contou com a participação de vereadores e autoridades municipais das cidades da Baixada Santista.
A presidente da Associação de Apoio à Família Policial Militar (AFAPM), Renata Marcondes, destacou que a sociedade que apoia a polícia está ao lado das operações e deseja a continuação da Operação Verão. Ela ressaltou que, se for necessário falar sobre mortes, é preciso mencionar a morte de agentes de segurança pública que arriscam suas vidas em nome da sociedade.
O comandante da PM na Baixada Santista, coronel Cássio Araújo de Freitas, participou do ato e afirmou que os indicadores criminais na região estão diminuindo com a Operação Verão. Ele destacou a importância da atuação policial na retirada de armas e criminosos das ruas.
No entanto, a Operação Verão tem sido alvo de denúncias da Ouvidoria das Polícias de São Paulo e de instituições de Direitos Humanos, além de investigação do Ministério Público. O evento repercutiu em meio a pedidos de cessação da operação e obrigatoriedade do uso de câmeras corporais pelos policiais militares.
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp), do Ministério Público de São Paulo, abriu uma investigação para apurar denúncias de funcionários da Saúde de Santos de que corpos de mortos na Operação Verão seriam levados como vivos para hospitais.
Apesar das críticas e pedidos de investigação, o secretário da Segurança Pública do estado de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que não reconhece excessos na ação da Polícia Militar na Baixada Santista durante as operações. A Ouvidoria da Polícia, no entanto, caracterizou a situação como um “cenário de massacre e crise humanitária”.
Com informações do g1.