O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta vermelho indicando um alto risco de onda de calor em áreas do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Este alerta está em vigor a partir de hoje, quarta-feira (14), até sábado (16).
Além disso, o Inmet também emitiu alertas laranja, indicando perigo, e amarelo, apontando perigo potencial, para várias regiões do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país.
Reprodução/ Inmet
O que é onda de calor e como ela se forma
Segundo Maria Clara Sassaki, porta-voz da Climatempo, a onda de calor ocorre quando a temperatura excede a média em pelo menos cinco graus, mantendo-se assim por mais de cinco dias consecutivos.
Sassaki explica que a temperatura está relacionada com a umidade: “quando o ar está úmido, a temperatura fica mais baixa, e quando o ar está seco, o calor aumenta.”
Ou seja, a onda de calor é consequência de uma massa de ar seco que é proveniente de bloqueios atmosféricos, mais comuns nos meses de inverno, mas que também podem acontecer no verão.
“Um bloqueio atmosférico é uma circulação de ventos no alto da atmosfera, que impede o avanço de frentes frias do Sul para o Sudeste. Como as frentes frias transportam umidade, durante um período de bloqueio, essa umidade não chega no continente e, por isso, o ar seco ganha força e o calor aumenta”, explica a Sassaki.
Maria Clara ainda aponta que a “culpa” não é só do El Ninõ, fenômeno que aquece as temperaturas da superfície dos oceanos no Pacífico oriental e central.
“O El Niño potencializa os eventos severos, como as ondas de calor, porque deixa a atmosfera mais quente que o normal, mas também temos as mudanças climáticas que contribuem bastante para as alterações de padrão”, relata.
Com informações de CNN