Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles
O delegado Giniton Lajes foi um dos alvos da Polícia Federal na recente operação relacionada ao caso Marielle Franco (PSol). Em 2019, ele trouxe à tona um suposto namoro entre um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro e a filha de Ronnie Lessa, acusado de executar a vereadora. A informação é da coluna do Igor Gadelha.
No relatório da PF, Giniton é apontado como o nome indicado pelo então chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, para “dirigir” as investigações “de forma a não revelar os mandantes do crime”. O delegado afirmou que o suposto relacionamento “não tinha importância” na motivação do crime e seria enfrentado em momento oportuno.
Posteriormente, foi revelado que Jair Renan, filho 04 do ex-presidente, foi quem namorou a filha de Lessa. Jair Renan, no entanto, não foi citado nas investigações pela PF. O único filho de Bolsonaro mencionado no relatório foi o senador Flávio Bolsonaro.
Para os investigadores, Giniton teria mencionado o suposto namoro para desviar o foco dos mandantes da morte de Marielle. Segundo a Polícia Federal, os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão seriam os mandantes, e Giniton é apontado como responsável por operacionalizar a “garantia da impunidade” dos autores do crime. Embora não tenha sido preso, ele foi alvo de busca e apreensão, afastado de seus cargos e obrigado a usar uma tornozeleira eletrônica.