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Hoje, o cenário noticioso foi agitado, porém a Bolsa apresentou negociações limitadas ao longo da sessão. Essa aparente contradição resultou em uma leve queda de 0,05% no Ibovespa, que encerrou o dia aos 126.863,02 pontos, registrando uma perda de 68,45 pontos. Essa queda mantém a sequência de quatro derrotas consecutivas. Enquanto isso, o dólar voltou a subir, com alta de 0,19%, atingindo R$ 4,98, e os DIs (juros futuros) avançaram em toda a curva.
Diversos fatores poderiam ter influenciado o índice, começando pelo IPCA-15 de março. A prévia da inflação do mês desacelerou para 0,36%, após o forte aumento de 0,78% registrado em fevereiro. No entanto, alguns analistas observaram cautela em relação a esse número. Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research, por exemplo, destacou que alguns sinais de alerta permanecem nos preços dos serviços, que continuam sob pressão.
Além disso, hoje foi divulgada a ata do Copom da reunião da semana passada. No documento, o Banco Central buscou mais flexibilidade ao modificar a sinalização dos juros. O Comitê decidiu alterar sua orientação e antecipar uma redução de 0,50 ponto percentual na taxa de juros apenas para a próxima reunião, removendo o plural do guidance. A ata mostrou que o BC deseja ter mais flexibilidade na condução da política monetária para evitar quebrar as expectativas e causar volatilidade desnecessária.
Por sua vez, Luca Mercadante, economista da Rio Bravo, destacou que o IPCA-15 ligeiramente acima das expectativas reforçou a mensagem da ata da reunião. Enquanto isso, o Boletim Focus trouxe projeções menores para o IPCA e maiores para o PIB brasileiro.
Em Wall Street, os principais índices apresentaram pouca variação e fecharam em território negativo, com os investidores aguardando a divulgação do PIB dos EUA do quarto trimestre na quinta-feira (28) e do índice de inflação de consumo pessoal (PCE, preferido pelo Fed para fins de política monetária) na sexta-feira (29), que é feriado tanto aqui quanto nos EUA.