Nesta manhã de segunda-feira (11/3), a Operação Fim de Jogo foi iniciada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O objetivo da operação é cumprir dois mandados de busca e apreensão contra jogadores da equipe de futebol do Santa Maria. Os jogadores envolvidos são Alexandre Batista Damasceno, identificado com a camisa 13, e Nathan Henrique Gama da Silva, que atuava como camisa 2.
Conforme as investigações, os dois membros do Santa Maria agiram de maneira intencional para manipular os resultados de pelo menos dois jogos disputados pela equipe durante o Candangão 2024. O primeiro jogo ocorreu em 3 de fevereiro de 2024, no Estádio Abadião, contra o Ceilândia, resultando em uma derrota por 6 a 0. O segundo confronto foi em 18 de fevereiro deste ano, no Estádio Bezerrão, contra o Gama, resultando em uma goleada de 5 a 0.
Além da participação direta dos jogadores em todas as jogadas que resultaram nos 11 gols desses jogos, o Ministério Público obteve evidências que indicam que pessoas que realizaram apostas registradas em casas de apostas online tinham conhecimento prévio dos resultados.
Nathan Henrique Gama da Silva e Alexandre Batista Damasceno/Reprodução
As apurações revelaram que dois atletas, anteriormente identificados como suspeitos de manipulação de jogos durante sua participação na equipe da Desportiva Aliança, agora também estão sob investigação. Além disso, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) obteve evidências de que William Pereira Rogatto, um recrutador de atletas envolvido em atividades fraudulentas no esporte, está ligado aos delitos e à administração do Santa Maria. Embora ordens de busca e apreensão e de prisão preventiva tenham sido expedidas contra ele, ainda não foram executadas devido à sua residência na Europa.
O Santa Maria, que participou do Candangão 2024, encerrou a competição na última posição, sendo rebaixado. A operação recebeu suporte do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
Com informações de Metrópoles/Na Mira