Foto: Divulgação Vale
Luciano Penido era conselheiro independente da mineradora e alegou a manipulação no processo de sucessão da empresa como motivo para saída
Em carta-renúncia endereçada ao presidente do Conselho de Administração da mineradora Vale, o conselheiro independente José Luciano Duarte Penido alega que o processo de sucessão da empresa tem sido “conduzido de forma manipulada, não atende ao melhor interesse da empresa, e sofre evidente e nefasta influência política“.
Penido, que era conselheiro da empresa desde 2019, alega ainda que “não acredita mais na honestidade de propósitos de acionista relevantes da empresa” e diz que “neste contexto, minha atuação como conselheiro independente se torna totalmente ineficaz, desagradável e frustante“.
A Vale respondeu a O Antagonista, por meio da Assessoria de Imprensa, que não vai comentar o caso.
A mineradora tem estado no centro de um recente ataque do governo contra a empresa, quando o Planalto tentou emplacar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para o cargo de CEO no lugar de Eduardo Bartolomeu.
A renúncia de Penido veio após o conselho de administração da Vale ter decidido prorrogar o mandato de Bartolomeu de maio para dezembro deste ano. A movimentação alongou o prazo para a negociação de uma solução que agradasse acionistas e governo e envolve a contratação de uma empresa para a seleção de candidatos para o posto.
O Antagonista