Fabio Wajngarten, advogado e ex-Secom de Jair Bolsonaro (PL), expressou sua surpresa através do Twitter com o que ele descreveu como um possível comportamento contraditório por parte de Mauro Cid, após a divulgação de áudios nos quais o militar critica a Polícia Federal e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
“Ainda não tenho opinião formada, nem juízo de valor, diante de tantas possibilidades que podem ter ocorrido”, aponta Wajngarten.
Em um dos áudios, divulgados pela revista Veja, Mauro Cid afirmou que os investigadores da PF queriam que ele falasse “coisas que não aconteceram”.
“Eles não aceitavam e discutiam que a minha versão não era verdadeira, que não podia ter sido assim, que eu estava mentindo. Eles já estão com a narrativa pronta. Eles não queriam saber a verdade”, disse Cid a um interlocutor de seu círculo próximo, afirmando depois se tratar de um desabafo.
Defesa de Bolsonaro tomará “providências”
Wajngarten destaca que a imprensa noticiou durante a semana uma possível inconsistência entre o que Cid disse à PF e o depoimento posteriormente divulgado.
“Isso é gravíssimo. O levantamento do sigilo das gravações dos depoimentos dele, na íntegra, poderá dirimir potenciais dúvidas e dará a transparência necessária para a elucidação de parte dos fatos”, escreveu.
Segundo o advogado, se o vazamento dos áudios for uma estratégia da defesa de Cid, ele não crê “que tenha sido oportuna”. “De todo modo, a defesa do presidente [Bolsonaro] tomará as devidas providências ao longo do dia”, conclui.
Com informações de Metrópoles