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As ações da Petrobras apresentaram uma queda de mais de 10% na manhã desta sexta-feira (8), após a empresa divulgar uma redução no lucro de 2023 e anunciar a decisão de não pagar dividendos extraordinários, desapontando o mercado.
Na noite de quinta-feira (7), a empresa informou que encerrou o ano de 2023 com um lucro líquido de R$ 124,6 bilhões. Esse resultado, referente ao primeiro ano da gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT), representa uma queda de 33,8% em relação aos R$ 188,3 bilhões registrados em 2022, último ano do governo Jair Bolsonaro (PL).
Em 2022, o lucro da estatal foi o maior já registrado por uma empresa brasileira, enquanto em 2021 o lucro já havia sido o maior da história da Petrobras.
Além disso, a Petrobras comunicou que o conselho de administração recomendou a distribuição de dividendos equivalentes a R$ 14,2 bilhões remanescentes do quarto trimestre de 2023, sem incluir dividendos extraordinários. Esse valor será submetido à avaliação da Assembleia-Geral Ordinária (AGO), programada para o dia 25 de abril de 2024.
O anúncio ocorreu após declarações recentes do presidente da estatal, Jean Paul Prates, sobre os planos da Petrobras de adotar uma postura mais cautelosa em relação à distribuição de remuneração aos acionistas, tendo em vista o contexto da transição energética.
Por volta das 10h36, as ações da Petrobras registravam uma queda de 11,85% e estavam sendo negociadas em leilão para evitar distorções no Ibovespa. Enquanto isso, o principal índice da Bolsa caía 1,36%.
Na quinta-feira (7), a Bolsa brasileira havia registrado uma queda de 0,42%, encerrando o dia aos 128.339 pontos. Esse movimento foi influenciado, em grande parte, pelo recuo de 1,10% nas ações da Petrobras, que foram as mais negociadas da sessão, enquanto os investidores aguardavam a divulgação do balanço financeiro de 2023 da estatal.
No mercado cambial, o dólar apresentou uma leve queda de 0,21%, encerrando o dia cotado a R$ 4,933, enquanto os investidores reagiam aos novos pronunciamentos do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), Jerome Powell, e aguardavam mais dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos.
Com informações da Folha de S. Paulo.