Ronnie Lessa, que admitiu ser o responsável pelos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, solicitou como condição para fechar um acordo de delação que sua família recebesse proteção da Polícia Federal.
Lessa expressou sua maior preocupação em garantir a segurança de sua família, temendo possíveis represálias de criminosos descontentes com sua decisão de cooperar com as autoridades.
A esposa de Ronnie Lessa, Elaine Lessa, e sua filha, Mohana Lessa, foram pegas de surpresa e ficaram desesperadas ao receberem a confirmação de que ele havia concordado em colaborar com as investigações.
“Estamos isentas e no escuro sobre qualquer assunto relacionado a isso [à delação]. Estou desnorteada”, disse Elaine Lessa à coluna.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou hoje que a delação de Ronnie Lessa foi oficialmente aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e está sob a análise do ministro Alexandre de Moraes.
A delação foi encaminhada ao STF após Ronnie Lessa, o assassino de Marielle Franco, mencionar o nome do deputado federal Chiquinho Brazão. No entanto, é importante ressaltar que a menção do parlamentar na delação não implica necessariamente que ele seja o mandante do crime, apenas que seu nome foi mencionado no contexto da investigação.
Quando uma pessoa com foro privilegiado é mencionada em uma delação, o relato é automaticamente encaminhado e examinado pelo tribunal responsável pelo foro em questão.
Com informações de Metrópoles/Guilherme Amado