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A diminuição na quantidade de plaquetas, células responsáveis pela coagulação sanguínea, é um dos principais efeitos da dengue no organismo. Este quadro pode evoluir para a dengue grave (hemorrágica), caracterizada por sangramentos difíceis de estancar. Tal complicação ocorre em aproximadamente um a cada 20 casos da infecção.
Para a maioria dos infectados pela dengue, o quadro tende a ser leve, e não há tratamento específico. As recomendações médicas incluem repouso, hidratação e a evitar o uso de medicamentos contendo ácido acetilsalicílico (aspirina). No entanto, ajustes na dieta podem contribuir para a recuperação.
De acordo com a infectologista Joana D’arc Gonçalves, de Brasília, alimentos ricos em vitamina K e B12, ácido fólico e ômega-3 estimulam a produção de plaquetas. Exemplos desses nutrientes incluem brócolis, couve, ovos, carnes, laticínios, peixes e leguminosas como ervilha, lentilha, soja e feijão.
Além de seguir uma dieta balanceada, é essencial adotar repouso e manter uma boa ingestão de líquidos durante o tratamento. Em casos de dengue hemorrágica, a terapia deve ser realizada em ambiente hospitalar, envolvendo o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas.
A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, com maior incidência durante o verão. Seus principais sintomas incluem dores no corpo e febre alta, sendo considerada um sério problema de saúde pública no Brasil, podendo levar à morte.
O Aedes aegypti, vetor da dengue, apresenta hábitos diurnos e é encontrado em áreas urbanas, dependendo de água parada para o desenvolvimento das larvas. A infecção ocorre apenas por meio da picada do mosquito fêmea, que transmite o vírus pela saliva durante a alimentação sanguínea necessária para a produção de ovos.
A dengue apresenta quatro sorotipos, permitindo que uma pessoa seja infectada até quatro vezes, gerando imunidade permanente para cada um. Os primeiros sinais, que surgem cerca de três dias após a picada do mosquito, incluem febre alta, dor de cabeça, dores no corpo, náuseas e vômitos.
Enquanto a maioria dos casos evolui para a recuperação durante o período de diminuição da febre, alguns podem desenvolver sintomas graves, como hemorragia, levando à necessidade de tratamento hospitalar. Nos casos mais severos, os sintomas incluem vômitos persistentes, dor abdominal intensa, urina com sangue, entre outros, podendo levar ao estado de choque.
Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos sob orientação médica. O repouso e a ingestão adequada de líquidos são fundamentais para o tratamento. Em casos de dengue hemorrágica, a terapia é realizada no hospital, podendo envolver transfusão de plaquetas, conforme necessário.
É importante notar que alguns alimentos podem dificultar o processo de coagulação, sendo aconselhável que pacientes com suspeita de dengue evitem o consumo de certos alimentos, como ameixa fresca, amêndoa, amora, batata, cereja, limão, maçã, melão, morango, nectarina, nozes, uva passa, pepino, pêssego, pimenta, tangerina, tomate e uva.
Com informações do Metrópoles.