Na segunda-feira (5/2), o Palácio de Buckingham comunicou que o rei Charles III, do Reino Unido, recebeu um diagnóstico de câncer durante um recente tratamento para o aumento da próstata. O monarca já iniciou o tratamento recomendado pelos médicos e, temporariamente, foi aconselhado a adiar suas atividades públicas. Apesar de não terem divulgado o tipo específico de câncer nem o local do tratamento hospitalar, a instituição real informou sobre a condição de saúde do monarca.
O comunicado apenas diz que ele iniciou um “programa de tratamentos” na segunda-feira (5/2).
“Nenhum detalhe adicional será divulgado nesta fase, apenas confirmamos que Sua Majestade não tem câncer de próstata.”
O câncer pode estar ligado ao tratamento contra o aumento da próstata?
O rei, de 75 anos, recebeu recentemente um tratamento contra o aumento benigno da próstata.
Ele passou três noites em um hospital privado de Londres no mês passado, depois de passar por um “procedimento para corrigir o problema”.
Após o tratamento, o Palácio de Buckingham disse que o rei adiaria os compromissos públicos “para permitir um período de recuperação privada”.
Ele agora receberá tratamento para essa segunda condição, em regime ambulatorial (sem necessidade de ficar internado).
O que é o câncer?
O câncer ocorre quando as células de uma parte específica do corpo começam a se dividir de maneira descontrolada.
Essas células doentes têm a capacidade de se espalhar para outros tecidos do corpo, inclusive órgãos, resultando no que é conhecido como câncer secundário ou metastático.
Como o câncer é diagnosticado?
Geralmente, os médicos iniciam a investigação por meio de perguntas sobre os sintomas. Essa fase inicial também pode envolver testes e exames.
Às vezes, os profissionais de saúde realizam uma biópsia, coletando uma pequena amostra de tecido para análise laboratorial.
O câncer ocasionalmente é descoberto durante exames médicos de rotina, como no caso do rei.
O diagnóstico do câncer também pode ser realizado por meio de triagem ou exames periódicos, como mamografia (para as mamas) e PSA (para a próstata), por exemplo.
Quantas pessoas desenvolvem câncer?
No Reino Unido, uma em cada duas pessoas desenvolve algum tipo de câncer ao longo da vida.
No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 704 mil novos casos da doença para o triênio 2023-2025.
Existem mais de 200 tipos diferentes de câncer, sendo os mais comuns no Brasil pele não melanoma, mama, próstata, cólon e reto, pulmão e estômago.
Cada tipo de câncer é diagnosticado e tratado de maneira distinta.
Quais são os principais tratamentos contra o câncer?
Existem diversas abordagens para tratar ou controlar o câncer, dependendo do tipo de tumor e da sua localização.
Alguns cânceres podem ser removidos por meio de cirurgia, enquanto a quimioterapia pode ser administrada via intravenosa ou por comprimidos para destruir as células cancerígenas.
A radioterapia é outra opção que, por vezes, é oferecida, utilizando radiação para combater e reduzir o câncer.
Tratamentos mais recentes, como imunoterapia e terapias-alvo, também estão disponíveis.
Entretanto, nem todos os tratamentos têm potencial curativo.
Quais são os diferentes estágios do câncer?
O estadiamento é a forma como os médicos descrevem o tamanho do câncer e até que ponto ele se espalhou, auxiliando na escolha do melhor tratamento.
O estadiamento pode variar de 1 a 4, onde 1 refere-se a um câncer pequeno e localizado, enquanto 4 indica que está avançado e disseminado pelo corpo.
1 – Estágio inicial: o câncer é pequeno e não se espalhou para outras partes do corpo além do local de origem;
2 – Localmente avançado: o tumor cresceu, mas não atingiu outros tecidos próximos; pode haver migração de algumas células cancerígenas para os linfonodos próximos;
3 – Metástase: o tumor está maior e se espalhou para tecidos vizinhos, podendo ser detectado em linfonodos mais distantes;
4 – Metástase à distância: a doença pode ser identificada em órgãos secundários distantes do local original, como cérebro, pulmões, ossos ou fígado.
Quantas pessoas se recuperam do câncer?
As chances de sobrevivência ao câncer aumentaram consideravelmente nas últimas cinco décadas.
Segundo a ONG Cancer Research UK, metade das pessoas diagnosticadas com tumores sobrevive à doença por 10 anos ou mais.
A taxa de sobrevivência ao câncer geralmente é maior em pessoas diagnosticadas com menos de 40 anos.
A sobrevivência aos tumores de mama, intestino e próstata tem aumentado, mesmo entre indivíduos mais idosos.
O que fazer se suspeitar de câncer?
Embora possa ser assustador, é fundamental consultar um médico e discutir as preocupações.
Os sintomas percebidos podem não indicar câncer, mas é importante realizar uma investigação, especialmente se os desconfortos persistirem após alguns dias.
A detecção precoce do câncer frequentemente facilita o tratamento e aumenta as chances de cura.