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O governo de São Paulo, comandado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), confirmou nesta quarta-feira, 14, a demissão do major da reserva do Exército Angelo Martins Denicoli (foto). Inicialmente, o militar havia sido apenas afastado, mas posteriormente acabou sendo desligado do cargo na segunda- feira, 12.
O major era lotado na Prodesp, empresa pública de tecnologia da informação do estado, e foi alvo da operação Tempus Veritatis, na semana passada. A investigação da Polícia Federal mirou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e diversos aliados por suposto planejamento de um golpe de Estado.
No relatório que sustentou a operação, a Polícia Federal afirmou que o major da reserva faria parte de um núcleo de “desinformação” do esquema. Segundo a PF, Denicoli atuou na produção, divulgação e amplificação de notícias falsas sobre o processo eleitoral.
A Polícia Federal aponta sua interlocução com o Fernando Cerimedo, responsável por uma live com ataques às urnas. O major do Exército era assessor especial na Prodesp e precisou entregar seu passaporte por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O militar recebia um salário R$ 32 mil, como aponta o Portal da Transparência do estado de São Paulo.
Controlador Geral foi mantido por Tarcísio
Apesar da demissão de Angelo Martins Denicoli, o governo Tarcísio de Freitas optou por manter no cargo Wagner Rosário, atual Controlador Geral do estado. Ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU) na gestão Bolsonaro, ele estava na reunião ministerial de 5 de julho de 2022, que foi gravada e é uma das provas da PF contra Bolsonaro e seus ministros.
O Antagonista