A partir de março, está prevista a regulamentação do FGTS Futuro, uma modalidade que permitirá o uso de contribuições futuras do empregador ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para comprovar renda e facilitar a aquisição de imóveis próprios. Inicialmente, o projeto experimental atenderá cerca de 60 mil famílias da Faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida, com renda mensal de até dois salários mínimos.
O FGTS Futuro, instituído pela Lei 14.438/2022, nunca havia sido regulamentado. Essa modalidade permitirá aos mutuários do Minha Casa, Minha Vida usar os depósitos futuros do FGTS para financiar imóveis mais caros ou reduzir o valor da prestação. Inicialmente, o experimento abrangerá famílias com renda de até R$ 8 mil mensais, caso seja bem-sucedido.
Com a regulamentação, a Caixa Econômica Federal, operadora do FGTS, repassará automaticamente os depósitos futuros do empregador para o banco que concedeu o financiamento habitacional. Isso permitirá que os mutuários com carteira assinada comprovem uma renda maior, viabilizando a compra de imóveis mais caros ou a redução da prestação.
Apesar dos benefícios, o uso do FGTS Futuro traz riscos, principalmente se o trabalhador for demitido e não conseguir outro emprego com carteira assinada. O governo ainda está discutindo como lidar com situações de desemprego, considerando a possibilidade de suspensão das prestações por até seis meses, com o valor não pago sendo incorporado ao saldo devedor.
O lançamento do FGTS Futuro representa uma tentativa de ampliar o acesso à moradia e facilitar o financiamento imobiliário, possibilitando aos mutuários utilizar recursos adicionais do FGTS para concretizar seus planos habitacionais.
Com informações do Notícias ao Minuto.