A herança do lendário ex-técnico de futebol, Mário Jorge Lobo Zagallo, quatro vezes campeão do mundo com a Seleção Brasileira, está no centro de uma disputa familiar que agora está sendo conduzida pela Justiça do Rio de Janeiro. Zagallo, em seu testamento, priorizou o filho caçula, Mário Cesar, justificando a decisão com uma “profunda decepção” em relação aos outros três herdeiros.
Paulo Jorge, Maria Emília e Maria Cristina, insatisfeitos com a decisão, questionam a divisão dos bens, estimada em R$ 15 milhões, e negam terem abandonado o pai. A 1ª Vara da Família da Regional da Barra da Tijuca definiu Mário Cesar como inventariante, posição que enfrenta contestações dos demais herdeiros.
O rompimento de Zagallo com os outros filhos teria ocorrido há sete anos, segundo Mário Cesar, que alega ter cuidado do pai nesse período. A legislação estabelece que pelo menos 50% da herança deve ser partilhada entre todos os filhos, o que resultaria em 12,5% para cada um. Mário Cesar, por sua vez, teria direito a 62,5% dos bens deixados por Zagallo.
Os outros três filhos abriram um processo para anular o inventário da mulher de Zagallo, Alcina de Castro Zagallo, falecida em 2012. No novo episódio, acusam Mário Cesar de restringir o acesso deles ao pai e induzi-lo a acreditar que foi abandonado. A advogada dos filhos mais velhos nega qualquer disputa por herança e afirma que o processo de inventário está em conformidade com a vontade expressa por Zagallo em seu testamento.
Com informações do Metrópoles.