Uma pesquisa abrangente, utilizando dados de mais de 584.000 cães no Reino Unido, apontou que o comprimento do focinho, tamanho do corpo e sexo podem influenciar significativamente a probabilidade de vida dos cães. Publicado na revista Scientific Reports, o estudo destaca que cães com focinho achatado, como buldogues, têm três vezes mais chances de viver uma vida mais curta do que cães de rosto longo, como dachshunds ou galgos italianos.
A pesquisa examinou dados de 155 raças e mestiços, revelando que, em quase todos os casos, os cães braquicefálicos, caracterizados por narizes curtos, apresentaram expectativa de vida menor. Embora raças populares como labradores e border collies tenham uma média de vida de pouco mais de 13 anos, cães com focinho achatado, como mastins e buldogues, ficaram aquém dessa marca, com idades médias de 9 a 9,8 anos.
Os resultados ressaltam as preocupações com a saúde dessas raças, que frequentemente enfrentam problemas respiratórios, infecções de pele e oculares devido à sua anatomia. A pesquisa foi conduzida pela Dogs Trust, a maior instituição de caridade canina do Reino Unido.
Surpreendentemente, o estudo também concluiu que cães de raça pura vivem, em média, oito meses a mais do que cães mestiços. No entanto, a Dogs Trust está planejando um novo estudo para examinar se cruzamentos intencionais, conhecidos como “raças de design”, têm expectativa de vida diferente em comparação com suas raças progenitoras.
A pesquisa destaca as preocupações éticas e de bem-estar em torno da criação de cães e espera catalisar discussões entre proprietários, veterinários, decisores políticos e o governo sobre a promoção de uma população canina mais saudável.
Com informações da CNN Brasil.