Foto: Reprodução/Senado Federal.
O advogado de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), expressou nesta sexta-feira (9 de fevereiro de 2024) que os vídeos das reuniões entre o ex-chefe do Executivo brasileiro e seus ministros são reveladores sobre como Bolsonaro “gerenciava as coisas”.
Cezar Bitencourt descreveu as gravações como “extraordinárias” e destacou que elas constituem uma evidência significativa dos interesses do ex-presidente. Essas declarações foram feitas durante uma entrevista à GloboNews.
“Essa reunião é extraordinária, quer prova maior do que isso? [Prova da] Manifestação dos interesses [de Bolsonaro] e de como ele conduzia as coisas, só isso”, afirmou o advogado.
Desde a prisão de Cid, em maio de 2023, durante uma operação que investigava fraude em cartões de vacina de autoridades públicas, incluindo Bolsonaro, a principal estratégia de defesa do ex-ajudante de ordens tem sido responsabilizar o ex-presidente e retratar o cliente como um mero executor de ordens.
De acordo com a Polícia Federal, a gravação de 5 de julho de 2022 foi encontrada no computador de Mauro Cid e seria uma evidência de uma suposta tentativa de organização de um golpe de Estado.
No entanto, a defesa do tenente-coronel afirmou que ele não tinha conhecimento da existência da reunião nem estava presente no momento, seja para participar das discussões ou para gravar os diálogos.
“Ele não teve comando da transmissão, não estava presente na reunião, essa informação não compete ao Cid. Por que ele não estava? Não perguntei, não interessa. Era uma reunião do presidente com quem ele quis convidar”, explicou o advogado.
Entenda: O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, levantou o sigilo do vídeo que embasou a operação Tempus Veritatis na quinta-feira (8 de fevereiro de 2024) contra Bolsonaro, membros de seu governo e aliados.
O Poder360 entrou em contato com Fabio Wajngarten, advogado de Bolsonaro, para comentar sobre o vídeo e a interpretação da Polícia Federal. Ele caracterizou o acontecimento como “perseguição” e afirmou que as imagens disponíveis são uma “demonstração clara e objetiva” de que o ex-presidente “nunca concordou ou apoiou nada que não fosse republicano”.
Com informações do Poder 360.