Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.
Lula foi abordado neste domingo, 18, questionado sobre sua falta de pronunciamento a respeito da morte de Alexei Navalny, principal opositor do autocrata russo Vladimir Putin. O ex-presidente afirmou que não vê motivo para pressa em fazer acusações e expressou confiança nas investigações para determinar a causa do óbito.
“Se há suspeita de morte, é necessário primeiro conduzir uma investigação para compreender a causa do falecimento. Devemos confiar nos médicos legistas para determinar se a morte foi causada por isso ou por aquilo, antes de fazer qualquer pré-julgamento. Caso contrário, poderíamos concluir precipitadamente que alguém ordenou o assassinato, o que poderia levar a retratações posteriormente”, declarou.
Lula também comparou a morte de Navalny com o caso de Marielle Franco, enfatizando sua postura cautelosa em relação a acusações precipitadas. “Por que a pressa em apontar culpados? Há seis anos estou aguardando a identificação dos responsáveis pelo crime de Marielle. Não tenho pressa em fazer acusações”, acrescentou.
Enquanto o Ocidente aponta Putin como responsável pela morte de Navalny, o governo brasileiro, sob a influência ideológica do assessor especial Celso Amorim, aliado de Putin, evita comentários sobre o assunto. Amorim, que visitou a Rússia em abril de 2024 e só posteriormente viajou à Ucrânia após pressão da mídia, é considerado uma peça-chave na política externa brasileira.
Enquanto isso, partidários de Navalny acusam as autoridades russas de obstruir a investigação ao se recusarem a entregar o corpo do opositor à sua família, alegando que a causa da morte ainda não foi determinada. “É evidente que os assassinos estão tentando encobrir seus rastros. Por isso, se recusam a entregar o corpo de Alexei e até mesmo o ocultam de sua mãe”, afirmou o grupo de Navalny no Telegram.
Com informações do O Antagonista.