O estudo conduzido por Patryk, e divulgado no The Astronomical Journal, examinou as trajetórias de distintos conjuntos de objetos transnetunianos (TNOs) presentes no distante Cinturão de Kuiper, localizado além de Netuno. Durante a análise, o pesquisador identificou que alguns desses objetos apresentavam órbitas não exclusivamente influenciadas pela gravidade planetária, enquanto outros exibiam uma inclinação orbital de 45º. Adicionalmente, um terceiro grupo destacava-se por suas órbitas incomuns.
Posteriormente, Patryk realizou simulações do Sistema Solar, incluindo a presença de um possível planeta semelhante à Terra com órbitas variadas. Durante esse projeto, ele concluiu que as propriedades dos objetos do Cinturão de Kuiper distante não poderiam ser plenamente explicadas pelos efeitos do Sistema externo.
“Os resultados obtidos sugerem uma explicação para as propriedades orbitais das populações no Cinturão de Kuiper distante”, explicou o pesquisador. Ele enfatizou que seu estudo indica a presença potencial de um planeta com uma massa aproximada de 1,5 a 3 vezes a da Terra no Sistema Solar distante, localizado além de 200 unidades astronômicas.
O professor destacou a existência de três possíveis órbitas para esse planeta hipotético, todas situadas entre 200 e 800 unidades astronômicas. Se a confirmação da descoberta ocorrer, isso poderia implicar no retorno do nosso sistema solar a uma configuração de nove planetas.
— Além disso, assim como ocorreu em 2006 com a reclassificação de Plutão, precisaríamos aprimorar a definição de ‘planeta’, já que um planeta massivo localizado muito além de Netuno provavelmente pertenceria a uma nova classe — observou Patryk, em entrevista a agência de notícias da Unisinos. Para os próximos passos, ele planeja refinar os resultados com novas simulações.
Com informações de O Globo