Um grupo de ativistas acionou a Procuradoria-Geral de Israel para solicitar a abertura de uma investigação sobre o uso ilegal de monitoramento pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), conhecido como o caso da “Abin paralela”.
O pedido judicial na Justiça israelense tem como foco a empresa israelense Cognyte, desenvolvedora da ferramenta de espionagem FirstMile, que foi utilizada pela Abin paralela durante a gestão Bolsonaro.
O advogado Eitay Mack, líder do grupo que apresentou a solicitação à procuradoria israelense, declarou ao Globo que “uma investigação criminal precisa ser aberta não apenas contra a Cognyte, seus proprietários e funcionários”. Ele enfatizou que a investigação também deve abranger “os funcionários israelenses no Ministério das Relações Exteriores e Ministério da Defesa que presumivelmente aprovaram as licenças de exportação dos equipamentos de defesa da Cognyte para o Brasil, ou alternativamente, presumivelmente abusaram do seu poder e decidiram fechar os olhos e não fazer cumprir a lei sobre esta empresa”.
O caso representa mais uma frente de investigação sobre o uso de ferramentas de espionagem por parte da Abin, gerando implicações internacionais e demandando uma resposta legal tanto no Brasil quanto em Israel.
Com informações O Antagonista