Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) estão examinando a pepita de ouro descoberta na residência do presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, buscando identificar a sua região de origem.
A Polícia Federal encaminhou o material à universidade para análise. A primeira fase da perícia, realizada no Instituto de Criminalística da PF em Brasília, confirmou que a pepita tem origem em um garimpo.
A conclusão se baseia em características da pedra, incluindo a estrutura mineralógica e um formato de “esponja”, que possibilitam esse tipo de identificação.
O laudo também indica que a pepita não passou por nenhum processo de beneficiamento, o que é característico da extração em garimpos.
Apesar disso, os peritos que participaram do trabalho não conseguiram rastrear a localização exata da extração do ouro devido à ausência de outros minérios na superfície do material apreendido, que estava “muito limpo”.
Para uma análise mais aprofundada, o material foi encaminhado para um laboratório de análises da USP, equipado para identificar isótopos específicos do material.
A partir dessa identificação, pode ser possível determinar, por exemplo, o estado de origem do ouro apreendido.
Profissionais envolvidos no caso afirmam que a perícia trabalha com comparações, e a conclusão dependerá do banco de amostras de ouro existente.
De toda forma, com maior ou menor precisão, espera-se que a análise indique a região de origem do material. O trabalho pode se estender por até 40 dias. As informações obtidas podem fundamentar, por exemplo, a suspeita de extração ilegal do material.
Com informações de CNN