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Novas descobertas sugerem que a placa tectônica do Pacífico pode não ser tão rígida quanto se pensava anteriormente, desafiando conceitos estabelecidos sobre a movimentação das placas oceânicas. Um estudo conduzido por geocientistas da Universidade de Toronto, no Canadá, revela a presença de grandes falhas submarinas na placa do Pacífico, indicando que as placas não sofrem apenas deformações nas zonas de subducção.
Durante milhões de anos, a placa do Pacífico foi deslocada na direção oeste, resultando na formação de grandes falhas submarinas. Essas falhas, algumas com milhares de metros de profundidade e centenas de quilômetros de extensão, são consequência da força que impulsiona a placa para baixo do manto da Terra. Os cientistas descrevem esse movimento como semelhante ao ato de puxar uma toalha de mesa.
Anteriormente, acreditava-se que as placas oceânicas permaneciam rígidas à medida que se moviam pelo manto, sem sofrer deformações como as placas continentais. No entanto, a pesquisa desafia essa visão ao revelar que até mesmo o fundo do oceano está sujeito a deformações significativas.
Utilizando dados existentes de dois platôs oceânicos entre o Japão e o Havaí, os cientistas investigaram os efeitos do movimento da placa do Pacífico nessas regiões. Eles descobriram que os platôs, embora localizados a centenas ou milhares de quilômetros da borda da placa, compartilham características deformacionais e magmáticas, sugerindo que estão sendo separados por forças de tração na borda da placa do Pacífico.
Os resultados do estudo, além de desafiar conceitos estabelecidos sobre a dinâmica das placas oceânicas, fornecem insights importantes sobre o funcionamento do planeta. Os cientistas esperam que essa pesquisa estimule a coleta de mais dados sobre os platôs oceânicos, a fim de aprofundar nosso entendimento sobre os processos geológicos que moldam a Terra.
Com informações da Galileu Ciência.