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A resistência à legalização do aborto no Brasil atingiu um recorde, chegando a 61% em janeiro, de acordo com dados da pesquisa PoderData realizada de 27 a 29 de janeiro de 2024. Esse número aumentou 2 pontos percentuais desde maio de 2022 e 3 pontos percentuais desde janeiro de 2021, marcando o início da série histórica.
Aqueles que expressam apoio à liberação do procedimento permanecem estáveis em 24%, mantendo-se inalterados nos últimos dois anos. Na primeira pesquisa realizada em janeiro de 2021, 31% dos entrevistados apoiavam a permissão do aborto no país.
Apesar da posição majoritária contrária à legalização do aborto, há uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) em discussão sobre a descriminalização. A ministra aposentada Rosa Weber, que era a relatora do caso, votou a favor da descriminalização em setembro de 2023. No entanto, o atual presidente do STF, Roberto Barroso, que se opõe ao aborto, não prioriza o tema, e não há previsão para que seja debatido novamente pela Corte.
A pesquisa, conduzida pela PoderData, compreendeu 2.500 entrevistas em 229 municípios nas 27 unidades federativas, utilizando ligações para celulares e telefones fixos. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.
Ao analisar os dados estratificados por faixas demográficas, observa-se que a oposição à liberação do aborto aumenta entre homens (64%) e idosos com 60 anos ou mais (66%). A maioria das regiões, incluindo Sul (64%) e Nordeste (64%), se posiciona contra a interrupção da gravidez, enquanto Norte e Centro-Oeste registram taxas menores, com 55%.
Entre os apoiadores do governo Lula, 55% são contrários à liberação do aborto, enquanto 33% apoiam. No grupo dos que desaprovam o governo, 16% são favoráveis, e 68% não apoiam a legalização.
Com informações do Poder 360.