Nesta quinta-feira, 15, durante uma reunião com o ditador egípcio Abdel Fattah al-Sisi no Cairo, o presidente Lula (PT) fez críticas a Israel. Em suas declarações à imprensa, o líder do Partido dos Trabalhadores afirmou que Israel mantém uma postura de não acatar as decisões da Organização das Nações Unidas (ONU).
Lula ataca Israel novamente durante encontro com ditador do Egito pic.twitter.com/AtwnyAPWVS
— Diario do Brasil Notícias (@diariobrasil_n) February 15, 2024
“Israel tem a primazia de descumprir, ou melhor, de não cumprir nenhuma decisão emanada da direção das Nações Unidas”, afirmou.
Lula também defendeu um “cessar-fogo definitivo” em Gaza e relembrou o apoio brasileiro ao processo instaurado na Corte Internacional de Justiça (CIJ) pela África do Sul contra Israel.
“É urgente estabelecer um cessar-fogo definitivo que permita a prestação de ajuda humanitária sustentável, desimpedida e imediata em incondicional liberação dos reféns. O Brasil é terminantemente contrário à tentativa de deslocamento forçado do povo palestino. Por esse motivo, entre outros, o Brasil se manifestou em apoio ao processo instaurado na Corte Internacional de Justiça pela África do Sul. Não haverá paz sem um Estado palestino convivendo lado a lado com Israel, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas”, afirmou.
Enquanto reivindica o cessar dos ataques do Exército israelense ao Hamas, Lula se recusa a rotular o grupo palestino como terrorista, apesar de ter causado a morte de 1.200 pessoas em 7 de outubro de 2023 e sequestrado outras 239.
O ex-presidente também persiste em uma interpretação controversa ao classificar a ação de Israel contra o grupo terrorista Hamas como genocídio, contrariando a visão convencional do conflito.
“Não se trata de uma guerra tradicional, mas de um genocídio, que mata milhares de crianças e mulheres que não têm culpa alguma”, disse Lula, em dezembro de 2023, em entrevista à Al Jazeera.
Com respaldo do governo brasileiro, a iniciativa promovida pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ) também imputou a Israel a alegação de perpetrar “genocídio” contra os habitantes palestinos da Faixa de Gaza.
Com informações de O Antagonista