De acordo com informações fornecidas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, a manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no último domingo (25) na Avenida Paulista contou com a presença de 600 mil pessoas no local e um total de 750 mil considerando o público nas ruas adjacentes.
Comparativamente, na manifestação de Bolsonaro no feriado de 7 de setembro de 2021, quando ele ainda ocupava a presidência e a Polícia Militar estava sob o comando de João Doria, então no PSDB, a estimativa foi de 125 mil participantes.
Os pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) realizaram projeções com base em imagens aéreas, determinando o número final a partir do momento de maior concentração de manifestantes. Pablo Ortellado, um dos coordenadores do projeto, explicou que foram capturadas 43 fotos no intervalo entre 15h e 17h, sendo selecionadas 11 delas para abranger a extensão da manifestação na Avenida Paulista, sem sobreposições.
“Cada uma das fotos foi repartida em oito pedaços. Em cada parte, foi aplicada uma implementação do método Point to Point Network (P2PNet)1 que identifica cabeças e estima a quantidade de pessoas em uma imagem”, explicam os pesquisadores.
O método apresenta uma precisão de 72,9% e uma acurácia de 69,5% na identificação individual de cada pessoa.
No que diz respeito à contagem de público, observa-se um erro percentual médio de 12%, tanto para mais quanto para menos, nas imagens aéreas que retratam aglomerações com mais de 500 pessoas.
Já segundo estimativa do Monitor do Debate Político no Meio Digital, projeto de pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), a manifestação reuniu 185 mil pessoas, por volta das 15h, momento de maior concentração.
O presidente Bolsonaro proferiu seu discurso aos manifestantes logo após as 16h, abordando diversos temas, incluindo a operação em curso da Polícia Federal (PF) que investiga a alegada organização de uma tentativa de golpe de Estado.
Além do ex-presidente, também dirigiram palavras aos presentes a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO), os senadores Magno Malta (PL-ES) e Rogerio Marinho (PL-RN), assim como o pastor Silas Malafaia.
Com informações de CNN Brasil