Neste sábado (24), a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), expressou sua preocupação em relação ao ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para este domingo (25) em São Paulo. Hoffmann classificou a participação de governadores e prefeitos no evento como “uma vergonha”, alegando que é contraproducente para autoridades com responsabilidades institucionais se envolverem em uma manifestação que, segundo ela, vai contra a democracia e a legalidade.
O evento, que deve contar com a presença de ao menos quatro governadores, incluindo Jorginho Mello (PL-SC), Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União-GO) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), ocorre em meio ao avanço das investigações da Polícia Federal sobre um suposto plano de golpe de Estado elaborado por Bolsonaro e aliados.
Gleisi Hoffmann afirmou que o ato não representa uma defesa do estado democrático de direito, mas sim uma ameaça às instituições e uma afronta à Justiça. Ela sugeriu que a presença dos políticos no evento é motivada pelo medo de Bolsonaro e das informações que apenas ele possuiria.
“É uma vergonha ver governadores e prefeitos, que têm responsabilidade institucional, participando de uma manifestação contra a democracia e a legalidade. Que medo eles devem ter do Bolsonaro, das coisas erradas que só ele deve saber, para obedecer ao comando do inelegível”, afirmou Gleisi em publicação no “X”, antigo Twitter.
“O ato de domingo não tem nada de defesa do estado democrático de direito. É mais uma ameaça de Bolsonaro às instituições e uma afronta à Justiça, a quem ele está prestes a ter de prestar contas”, completou.
Os organizadores do ato esperam a participação de representantes de dez partidos políticos no trio elétrico que receberá o ex-presidente. Além dos governadores, o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), deputados e senadores também são esperados no evento.
A CNN procurou os políticos mencionados, mas até o momento, não obteve retorno. O ato acontece em um contexto de crescente tensão política e investigações em curso pela Polícia Federal.
Com informações da CNN Brasil.