O governo brasileiro tem sido alvo de críticas devido ao seu silêncio em relação à morte de Alexei Navalny, renomado opositor do presidente russo Vladimir Putin. Navalny, de 47 anos, faleceu na penitenciária de Yamalo-Nenets, na região ártica da Rússia, onde cumpria pena. O Serviço Penitenciário Federal russo alegou que Navalny desmaiou durante uma caminhada.
Enquanto os Estados Unidos e a União Europeia responsabilizaram o governo Putin pela morte, o Brasil não emitiu nenhuma declaração até o momento. Demétrio Magnoli, comentarista do programa Em Pauta da Globonews, criticou o que chamou de “silêncio ignóbil” do governo brasileiro diante do ocorrido.
Magnoli ressaltou a importância de uma condenação ao ato, observando que a postura brasileira questiona a credibilidade do país em discursos sobre direitos humanos. Ele destacou a seletividade na abordagem do governo brasileiro, apontando que a falta de posicionamento enfraquece a posição do país em questões de direitos humanos.
O silêncio do Brasil contrasta com as condenações e manifestações de outros países democráticos, levantando questões sobre a postura do governo brasileiro em relação a regimes autoritários e violações dos direitos humanos. A morte de Navalny representa um acontecimento internacional de grande relevância, e a ausência de posicionamento do Brasil tem gerado controvérsias e questionamentos.