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Acordo fechado pela AGU e homologado pela Justiça Federal de Foz do Iguaçu é referente ao dano moral e pensão dos filhos da vítima
Em acordo fechado pela AGU (Advocacia-Geral da União) e homologado pela Justiça Federal de Foz do Iguaçu (PR), a família do tesoureiro do PT Marcelo Arruda, morto a tiros por um policial penal federal na própria festa de aniversário em 2022, receberá uma indenização de R$ 1,7 milhão, referentes a danos morais e pensão dos filhos.
Candidato a vice-prefeito da cidade pelo PT nas eleições de 2020, Marcelo Arruda foi morto a tiros por Jorge Guaranho na própria festa de aniversário de 50 anos, em que o tema era PT. A vítima chegou a reagir à agressão e atirou contra o policial penal, que ficou internado em estado grave.
Segundo a AGU, a indenização considerou principalmente que “o autor do crime se valeu da condição de agente público para acessar o local da festa e efetuar o disparo utilizando uma arma de propriedade da União”. A advocacia informou que vai entrar com uma ação regressiva para cobrar do autor do crime o ressarcimento do valor pago pela União.
Um processo movido pela ex-mulher de Marcelo Arruda segue tramitando em relação a um pedido de indenização, apesar de ela não ter mais vínculo conjugal com a vítima na época do crime.
O crime
Militante do PT em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda foi morto em julho de 2022 em sua festa de aniversário de 50 anos. Ele foi baleado por Jorge Guaranho e reagiu atirando contra o policial penal. Na época, a Polícia Civil informou que Guaranho era desconhecido de todos na festa, conforme depoimento de testemunhas. O agressor chegou ao local de carro, acompanhado de uma mulher e uma criança.
Conforme boletim de ocorrência, 20 minutos depois o policial penal retornou sozinho. A mulher de Marcelo, que é policial civil, se identificou no momento em que a vítima também informou que era guarda civil e sacou sua arma. Foi quando Jorge Guaranho disparou duas vezes na direção de Arruda, que mesmo atingido e caído no chão revidou os tiros.
A delegada da Polícia Civil Iane Cardoso afirmou que o policial penal chegou à festa de Arruda ouvindo uma música que remetia ao presidente Bolsonaro. Pelas imagens, é possível observar que Guaranho chegou à festa, falou alguma coisa enquanto Arruda pedia que ele fosse embora.
Guaranho saiu, mas retornou em seguida e falou outra coisa. Quando o policial penal se retirou, Arruda atirou pedras contra o veículo que ele conduzia, declarou a delegada. O policial penal disse então que voltaria, o que o fez minutos depois, quando atirou no guarda municipal.
R7