O projeto de lei que prevê o uso obrigatório de câmeras nos uniformes de agentes da Polícia Militar, proposto pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, recebe críticas de parlamentares ligados à área de segurança. O texto passou por reformulações na Casa Civil, tornando a obrigatoriedade em um incentivo para os agentes. As informações são do Diário do Poder.
O deputado federal Capitão Alden (PL-BA), com 22 anos de experiência na Polícia Militar, expressa preocupação com a ideia de que simplesmente implementar câmeras nos uniformes reduzirá ocorrências e melhorará a vitalidade policial. Ele argumenta que essa abordagem pode gerar receio nos policiais de enfrentar processos e até mesmo perder sua liberdade no trabalho.
O Capitão Alden sugere que, em vez disso, o foco deveria ser em operações específicas ou situações duvidosas, destacando a importância de priorizar medidas que impeçam criminosos de acessar armas de fogo para melhorar a segurança das tropas e da população.
O deputado federal Sanderson (PL-RS) também critica a abordagem de Flávio Dino, argumentando que o ex-ministro preferiu discursos de desencarceramento e vitimização de criminosos em vez de implementar programas nacionais de combate à delinquência urbana.
Ambos os deputados concordam que a instalação de câmeras nos uniformes não resolverá eficazmente os problemas de segurança no Brasil e defendem a necessidade de prioridades como reforçar a segurança nas fronteiras, melhorar as condições de trabalho dos policiais e combater o armamento ilegal.
Quanto à atuação do Congresso, Sanderson destaca a importância do legislativo em tomar medidas para diminuir a violência, enquanto Capitão Alden menciona a proposta de criar uma semana dedicada à Segurança Pública para dar mais atenção aos projetos relacionados ao tema.
Essas críticas refletem preocupações sobre os impactos práticos e éticos do projeto de câmeras nos uniformes, com os parlamentares argumentando que outras abordagens são mais eficazes na luta contra a violência no país.