Centenas de compostos químicos são liberados de nossos corpos para o ar a cada segundo, proporcionando pistas valiosas sobre nossa saúde. Esses compostos, conhecidos como Compostos Orgânicos Voláteis (VOCs), têm origens variadas, incluindo respiração, pele, urina e fezes.
Desde a Grécia antiga, percebemos mudanças no odor corporal quando não estamos bem. Hoje, a ciência demonstra que diferentes enfermidades, como insuficiência hepática e diabetes, podem alterar os perfis de VOCs na respiração, fornecendo indicadores valiosos.
Estudos modernos revelam que os VOCs na respiração, pele e outros excrementos podem conter informações sobre nossa saúde geral. Pesquisadores exploram a capacidade desses compostos em diagnosticar diversas condições, desde doenças intestinais até neurológicas.
A descoberta de uma alteração no cheiro corporal por parte da esposa de um paciente anos antes do diagnóstico de Parkinson ilustra como VOCs podem antecipar condições de saúde. Atualmente, avanços tecnológicos, como a espectrometria de massa, proporcionam uma compreensão mais profunda dos perfis de VOCs associados a várias doenças.
Embora cães tenham uma capacidade olfativa mais aguçada, cientistas buscam desenvolver dispositivos de diagnóstico baseados nos VOCs da respiração. Além disso, a pesquisa dos VOCs da pele está em estágio inicial, mas já mostra promessas, revelando informações sobre características pessoais, como gênero e idade.
Os VOCs não são apenas indicativos de saúde; eles também servem como canal de comunicação em ecossistemas, sendo usados por plantas, insetos e animais como feromônios. Enquanto os feromônios humanos ainda são objeto de debate, os VOCs da pele podem oferecer percepções sobre características individuais, envelhecimento, saúde metabólica e até mesmo a capacidade de atrair um parceiro. O estudo contínuo desses compostos pode levar a avanços significativos na monitorização da saúde e no diagnóstico de doenças.
Com informações da CNN Brasil.