Foto: Reprodução/BRUNO ROCHA/ESTADÃO CONTEÚDO.
Durante o Carnaval deste ano na cidade de São Paulo, os relatórios de denúncias de violência contra mulheres praticamente dobraram em comparação com o ano de 2023. As denúncias foram recebidas através do canal Ligue 180 e estão registradas no banco de dados fornecido pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos.
Os dados foram analisados com base no período de 8 a 15 de fevereiro. Durante esse período, foram reportadas 216 denúncias de violência contra mulheres, totalizando 1.203 violações registradas nos relatos. Muitas denúncias incluem mais de uma violação de direitos.
Dentre as denúncias, 195 casos relataram violência psicológica, 148 casos envolveram violência física e 14 relataram violência sexual. No total de violações, foram contabilizadas 645 violações psicológicas, 327 violações físicas e 27 violações sexuais. A maioria dos crimes ocorreu no ambiente doméstico das vítimas.
As denúncias abrangem 84 casos de agressão ou brigas, 40 casos de lesões corporais, quatro casos de abuso sexual físico, quatro casos de estupro e três casos de exploração sexual.
Ao comparar com o Carnaval anterior, no período de 16 a 23 de fevereiro de 2023, a cidade de São Paulo registrou 134 denúncias, que resultaram em 637 violações.
Os dados indicam que 118 denúncias referiam-se a violência psicológica, 87 a violência física e 12 a violência sexual. Quanto às violações, foram registradas 357 violações psicológicas, 176 violações físicas e 18 violações sexuais. Assim como em 2024, a maioria dos casos ocorreu no ambiente doméstico das vítimas.
As denúncias incluíram 55 casos de agressão ou brigas, 26 casos de lesões corporais, oito casos de estupro, quatro casos de abuso sexual físico e um caso de exploração sexual.
É importante ressaltar que os números não indicam necessariamente a ocorrência dos crimes, mas sim o registro das denúncias, que são encaminhadas às autoridades competentes para investigação.
A coluna procurou o Ministério das Mulheres para comentar sobre o aumento dos casos registrados no Carnaval de São Paulo. O ministério informou que tem investido na divulgação do Ligue 180 e na capacitação contínua dos atendentes da central, o que tem resultado em um aumento na procura do canal para obtenção de informações, orientações e denúncias.
A Prefeitura de São Paulo também foi contatada para comentar o assunto, porém não respondeu até a publicação desta reportagem. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.
Com informações do Metrópoles.