Os clientes nos Estados Unidos começarão a receber o Vision Pro, os óculos de realidade virtual da Apple, a partir desta sexta-feira (2), quase oito meses após o seu anúncio. Apesar de estar em pré-venda nos Estados Unidos nas últimas duas semanas, não há previsão de chegada do produto ao Brasil. O preço do Vision Pro é considerado elevado, mesmo pelos padrões americanos, sendo vendido a partir de US$ 3.499 (mais de R$ 17 mil, na conversão direta).
Ao adentrar o mercado de realidade virtual, a Apple optou por não utilizar o termo “metaverso”, que se tornou popular nos últimos anos devido à associação com Mark Zuckerberg. A empresa responsável pelas redes sociais do bilionário chegou a mudar seu nome para Meta para refletir o novo foco em realidades imersivas.
Apesar disso, as apostas no metaverso ainda não decolaram completamente. Os custos elevados dos óculos tornam-nos inacessíveis para muitas pessoas, e o interesse pelo tema em pesquisas na internet está em declínio. Empresas como a Meta ainda enfrentam desafios para obter lucros significativos nesse setor.
A Apple, por sua vez, diz que o Vision Pro é um “computador espacial revolucionário”. A empresa defende que ele vai transformar como as pessoas “trabalham, colaboram, se conectam, revivem memórias e desfrutam de entretenimento”.
“É o primeiro dispositivo da Apple que você olha através dele, não para ele”, disse o CEO da Apple, Tim Cook, em junho de 2023, quando os óculos foram apresentados.
Como são os óculos da Apple?
À primeira vista, os óculos da Apple são bem parecidos com o Quest Pro, lançados pela Meta em 2022. Os dois têm baterias que duram cerca de 2 horas, de acordo com as fabricantes, e oferecem modos de realidade mista, em que o sistema interage com o ambiente ao redor do usuário.
Mas, enquanto no Quest Pro, da Meta, a transparência fica restrita à região das duas lentes, no Vision Pro, ela pode ficar em toda a tela. Isso é feito com o recurso EyeSight (“visão”, em tradução direta), em que outras pessoas podem ver seus olhos (veja a foto acima).
Outra diferença entre os modelos é a navegação: no Quest Pro, tudo acontece com controles vendidos junto com o aparelho, e no Vision Pro, o uso depende apenas dos movimentos das mãos e dos olhos ou de comandos de voz.
Confira outras especificações do Apple Vision Pro:
- 🏋️ Pesa cerca de 600 gramas, contra 722 gramas do Quest Pro;
- 💾 Tem três opções de armazenamento (256 GB, 512 GB e 1 TB), enquanto o da Meta tem uma (256 GB);
- 📹 Conta com 6 microfones e 12 câmeras, que permitem gravar vídeos e tirar fotos em três dimensões;
- ⚙️ Usa o sistema operacional visionOS, que suporta centenas de aplicativos;
- 🧠 O dispositivo é equipado com dois chips principais: o M2, que executa o sistema, e o R1, que se concentra em processar as imagens.
O Vision Pro pode custar ainda mais do que os US$ 3.499, seu preço de entrada. Com especificações mais avançadas e acessórios como bolsa e bateria externa, o preço do dispositivo pode chegar perto de US$ 5.200 (pouco mais de R$ 25 mil, em conversão direta).
Com o dinheiro da versão básica do Vision Pro, é possível comprar dois Quest Pro, que custam a partir de US$ 1.499 cada um (cerca de R$ 7.400) ou três iPhone 15 Pro Max, vendidos nos EUA por US$ 1.199 cada um (no Brasil, ele custa a partir de R$ 10.999).
Com informações de G1