A Intuitive Machines conquistou um feito notável ao realizar o primeiro pouso na Lua em mais de meio século, marcando o retorno dos Estados Unidos ao satélite pela primeira vez desde as históricas caminhadas dos astronautas da Apollo, da NASA.
O módulo de pouso, desenvolvido e operado pela Intuitive Machines, aterrissou com sucesso, apesar dos desafios iniciais na comunicação que resultaram em um sinal fraco. A empresa confirmou que a nave pousou verticalmente, após 75 minutos de operação, embora detalhes adicionais, como a confirmação do destino próximo ao polo sul da Lua, não tenham sido divulgados inicialmente devido ao encerramento do webcast ao vivo após a identificação do sinal fraco.
Veja o vídeo (a confirmação do pouso acontece por volta de 1h41min):
“O que podemos confirmar, sem dúvida, é que nosso equipamento está na superfície da Lua”, relatou o diretor da missão, Tim Crain, durante um momento tenso no centro de controle da empresa em Houston.
Após duas horas de expectativa, a empresa finalmente anunciou que os dados estavam começando a chegar, confirmando o sucesso do pouso lunar, marcando não apenas um retorno dos EUA à Lua, mas também tornando a Intuitive Machines a primeira empresa privada a realizar um pouso lunar – algo alcançado por apenas cinco países até o momento.
O CEO da Intuitive Machines, Steve Altemus, compartilhou entusiasmo, afirmando: “Eu sei que isso foi difícil, mas estamos na superfície e estamos transmitindo. Bem-vindo à Lua”.
Horas tensas antes do pouso dos EUA na Lua
As horas que precederam o pouso foram marcadas por tensão, devido a um contratempo no sistema de navegação a laser do módulo de pouso. A equipe de controle de voo teve que implementar um sistema experimental de laser da Nasa de última hora, possibilitando ao módulo dar uma volta extra ao redor da Lua para efetuar ajustes necessários.
O local de pouso, escolhido a cerca de 300 quilômetros do polo sul, representava um desafio significativo, cercado por obstáculos como pedras, colinas e crateras. Esse local, mais próximo do polo do que qualquer nave espacial já chegou, foi estrategicamente escolhido devido à possibilidade de conter água congelada.
Além dos experimentos conduzidos para a Nasa, a Intuitive Machines comercializou espaço no módulo de pouso para diversas entidades, incluindo a Columbia Sportswear, o escultor Jeff Koons e a Embry-Riddle Aeronautical University.
Este feito se une a uma série de esforços globais para explorar e, potencialmente, lucrar com a Lua. No mês passado, a empresa japonesa Astrobotic Technology também tentou um pouso, destacando assim o compromisso dos EUA em liderar a exploração lunar, impulsionado por iniciativas da Nasa.
Com informações de Metrópoles