O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçaram o alerta sobre o uso de pomadas capilares para modelar, trançar ou fixar o cabelo, especialmente durante o período carnavalesco. Em dezembro passado, diversos eventos adversos e casos de intoxicação foram registrados devido ao uso inadequado desses produtos, resultando no cancelamento de cerca de 1,2 mil registros de pomadas.
Com a proximidade do carnaval, a pasta de Saúde se uniu à Anvisa em ações de comunicação, direcionadas a consumidores, profissionais de beleza e trabalhadores da saúde, visando educar sobre os cuidados necessários.
Cuidados Essenciais:
- Verificar se os produtos utilizados possuem registro na Anvisa.
- Ler atentamente as instruções de uso.
- Evitar o uso excessivo e realizar testes de alergia.
- Certificar-se de que o produto não esteja envolvido em eventos adversos graves desde sua entrada no mercado.
- Verificar a composição da pomada, proibindo lotes com concentração superior a 20% de ceteareth-20.
- Garantir que os fabricantes possuam licença sanitária, rótulos detalhados, avaliação de segurança cutânea e ocular, e forma física declarada como “pomada”.
A nota do ministério destaca que o uso não é recomendado em casos de pele irritada. Ao lavar os cabelos, a orientação é inclinar a cabeça para trás para evitar contato com os olhos. Em casos de contato acidental, lavar imediatamente com água em abundância por, no mínimo, 15 minutos.
Sintomas de Intoxicação:
- Coceira nos olhos.
- Vermelhidão.
- Irritação.
- Ardência.
- Inchaço.
Em casos graves, a visão pode ficar turva, especialmente após o contato com água, pois o produto pode escorrer para a região ocular. O ministério destaca a importância de procurar assistência médica ao perceber esses sintomas, não deixando de notificar às autoridades sanitárias.
Produto Irregular
Caso efeitos adversos sejam notados, a recomendação é guardar o produto para rastreabilidade das informações, incluindo marca e lote, para investigação pelos órgãos competentes. A notificação é essencial para o monitoramento e controle, podendo ser realizada por consumidores, empresas ou profissionais da saúde. O ministério destaca que a notificação de intoxicação é obrigatória para médicos e outros profissionais de saúde no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Com informações da Band Jornalismo.