A inteligência artificial foi um dos assuntos que dominou o ano de 2023. Enquanto o ChatGPT cresceu, outras plataformas baseadas em IA generativa foram lançadas ao longo do ano. Até dezembro, o assunto ainda estava em alta com o lançamento do Gemini, modelo de inteligência artificial do Google.
Em 2024, o cenário de desenvolvimento de IA deve se manter. A partir da análise de especialistas, o Insider listou quatro previsões para este ano. Confira:
A IA estará em todo lugar
Além do recente lançamento do Google, a OpenAI anunciou o lançamento de uma loja GPT, na qual os usuários poderão construir e vender suas versões do ChatGPT. Assim, a IA deve cada vez mais se integrar ao cotidiano das pessoas.
“Com um modelo como o Gemini, a parte importante é a acessibilidade. Ela já está integrada aos produtos com os quais você está acostumado e usa. Portanto, usar um conjunto de ferramentas de IA se tornará a norma e não a exceção”, diz Charles Higgins, cofundador da startup Tromero.
Apesar de ser caro, o modelo de código aberto também deve ganhar um pouco mais de espaço neste ano. Este modelo é gratuito para que qualquer pessoa possa usar e modificar, mas ainda depende de grandes empresas, como a Meta, para serem treinados.
OpenAI enfrentará concorrentes
Reclamações de usuários quanto ao chatbot e a saída e renomeação de Sam Altman como CEO abalaram a predominância da OpenAI no setor. Nesse cenário, plataformas de IA de concorrentes como Google, Microsoft e até mesmo a Grok, de Elon Musk, ganham espaço.
“Qualquer que seja o drama, há uma rachadura na armadura deles agora”, aponta Higgins. “Isso abalou o barco e acho que os outros grandes jogadores certamente estão querendo se apresentar e tirar vantagem”, complementa.
Batalha de direitos autorais
Processo de autores e bancos de imagens contra plataforma de IA generativa pipocaram ao longo de 2023. Há uma questão ética e legal quanto ao treinamento de máquinas com dados que incluem conteúdos protegidos por direitos autorais.
A proibição de uso desses dados pode afetar as empresas do setor por dificultar o treinamento de modelos complexos e, na maioria dos países, as decisões sobre o assunto ainda estão em aberto. “Acho que em 2024 teremos potencialmente uma ou duas decisões que ajudarão a esclarecer as coisas – mas isso vai levar muito tempo, provavelmente entre quatro a cinco anos, para ser resolvido adequadamente”, opina Andres Guadamuz, professor de direito de propriedade intelectual na Universidade de Sussex.
Para o professor, caso as derrotas dessas empresas em processos se mantenham, o desenvolvimento de IA pode ser afetado. O movimento esperado, neste caso, será a instalação da tecnologia em países mais flexíveis.
Regulamentação da IA
A legislação não costuma acompanhar o desenvolvimento de novas tecnologias. Mas, com a IA afetando diferentes empregos e trazendo impactos pelos conteúdos gerados, a expectativa é que ocorra uma aceleração das regulamentações.
“Existem muitas iniciativas regulatórias que parecem suficientemente sensatas a um nível elevado, mas os detalhes reais de implementação são muito importantes e ainda faltam e não foram testados”, comenta Vincent Conitzer, professor de ciência da computação na Universidade Carnegie Mellon.
Para Guadamuz, é importante que a intervenção ocorra logo ao em vez de esperar que as problemáticas cheguem aos tribunais.
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios.